Minas Gerais e o Brasil se despedem de Lô Borges, cantor, compositor e um dos fundadores do lendário Clube da Esquina. A morte do artista, aos 73 anos, na noite desse domingo (2/11), no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, gerou uma série de homenagens de políticos mineiros que destacaram a importância de sua obra e o legado que deixa para a música brasileira.

O deputado federal Rogério Correia (PT) celebrou a poesia e a sensibilidade do músico: “Lô Borges foi o som e a alma de Minas. Cantou as manhãs, as esquinas e o silêncio das montanhas. Hoje, a lua brilha um pouco mais forte por ele. Obrigado, Lô”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.

O deputado Professor Cleiton (PV) também manifestou pesar, ressaltando a importância do artista para a música: “É com imenso pesar e o coração apertado que recebo a notícia do falecimento de um dos maiores ícones da música mineira e brasileira, o inesquecível Lô Borges, eterno criador do Clube da Esquina. Manifesto minha profunda gratidão e reconhecimento pela obra extraordinária desse grande artista, que é parte viva da alma de Minas e do Brasil. Ficam as memórias preciosas, as canções que tocaram gerações e a saudade imensa que jamais se apagará. Que sua alma encontre a paz que merece!”.

A deputada Duda Salabert (PDT) destacou o caráter poético e inspirador do músico: “Tristeza! Poucos poetas traduziram tão bem Minas Gerais como Lô Borges… Continue, Lô, sua ‘viagem de ventania’. Sua obra, contudo, segue viva, afinal ‘a chama não tem pavio’".

A deputada federal Ana Pimentel (PT) também prestou homenagem à carreira do artista: “Mineiro, sua obra sensível marcou gerações e ultrapassou as montanhas do nosso estado e as fronteiras brasileiras, ecoando e emocionando pessoas por todo o mundo”.


Lô Borges Juarez Rodrigues/EM/D.A Press.
Lô Borges participa de último show de Milton Nascimento no Mineirão Túlio Santos/EM/D.A Press
Lô Borges, no piano, e Milton Nascimento durante a gravação de um programa de TV sobre o disco Clube da Esquina, lançado em 1972. Com Wagner Tiso, teclados, Novelli, Beto Guedes, Nelson Angelo. Sentados, ao fundo, Ronaldo Bastos, Marcio Borges e Fernando Brant Mario Luiz Thompson/Facebook de Milton Nascimento
Lô Borges adolescente tocando violão Arquivo EM
Lô Borges adolescente tocando violão Arquivo EM
Lô Borges beija Milton Nascimento durante show em homenagem a Fernando Brant Leandro Couri/EM/D.A Press
Lô Borges faz show no museu Clube da Esquina no Santa Tereza Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Ensaio dos músicos Lô Borges e Samuel Rosa, no teatro do CCBB, na Praça da Liberdade Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Lô Borges, Milton Nascimento, Márcio Borges, Fernando Brant e Juscelino Kubitschek em frente ao seminário em Diamantina Luiz Alfredo/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas
Lô Borges conversa com a imprensa antes da gravação do DVD junto com o cantor Samuel Rosa Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Os irmãos Marcio Borges e Lô Borges durante conversa com alunos do Colégio Padre Eustáquio. Beto Novaes/EM/D.A Press
O artista Carlos Bracher faz um quadro em homenagem a Lô Borges Anna Ftg/Divulgacao
Lô Borges é um dos principais nomes da música mineira Barbara Dutra/Divulgacao
Show do cantor e compositor, Lô Borges, em comemoração 40 anos do Clube da Esquina na praça da Reitoria da UFMG, no Campus Pampulha Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Show do cantor e compositor, Lô Borges, em comemoração 40 anos do Clube da Esquina na praçaa da Reitoria da UFMG, no Campus Pampulha Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Em agosto de 2025, Lô Borges lançou, junto do cantor maranhense Zeca Baleiro, o álbum "Céu de Giz"; na foto, os dois se abraçam no Parque Municipal Flavio Charchar/Divulgacao
Em 2022, Lô Borges fez um concerto junto a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais JPSofranz/Divulgacao
Os integrantes do Clube da Esquina, Fernando Brant, Marcio Borges, Milton Nascimento, Lo Borges e Beto Guedes. Renato Weil/Estado de Minas
Lô Borges e seus familiares Reproducao
Lô Borges e seu irmão Márcio Borges seguram a capa do icônico álbum "Clube da Esquina" Renato Weil/Estado de Minas
Os músicos Lô Borges, Milton Nascimento, Fernando Brant e Marcio Borges em Diamantina Arquivo O Cruzeiro/EM

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, ressaltou a dimensão nacional e internacional do músico: “Um dos fundadores do Clube da Esquina, Lô levou a música e o espírito de Minas Gerais para o mundo. Seu talento e sensibilidade seguirão soando pelas paisagens e janelas do mundo”.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Outro que se manifestou foi o presidente do PSDB em Minas Gerais, o deputado federal Paulo Abi Ackel. "Belo Horizonte e Minas perdem um de seus maiores músicos. Lô Borges, fundador do Clube da Esquina, nos deixou. Sua obra é patrimônio afetivo do Brasil. Minhas condolências à família e aos admiradores", publicou nas redes sociais.

Lô Borges, que estava internado desde 17 de outubro após quadro de intoxicação medicamentosa, passou por traqueostomia e hemodiálise durante o período de internação. O artista deixa um legado marcado por parcerias memoráveis e canções que consolidaram Minas Gerais como referência na música brasileira.

compartilhe