CIDADE ADMINISTRATIVA

Servidores associam forro quebrado à chuva, e Seplag alega manutenção

Após várias ocorrências na última semana, como a janela que se desprendeu no 12º andar, servidores encontram problemas no restaurante do 9º andar

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Funcionários da Cidade Administrativa - sede do Governo de Minas Gerais - encontraram nesta segunda-feira (3/2) parte do forro do 9º andar, onde funcionava um restaurante, quebrado. Os servidores associam o estrago às frequentes intervenções ocasionadas pelas chuvas no edifício.

A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), no entanto, informou que a abertura no teto foi feita para uma manutenção programada na tubulação do ar-condicionado e que o restaurante não está em funcionamento.

 

Os servidores estaduais relataram, em outras ocasiões, problemas estruturais e de conservação na Cidade Administrativa. Na última quarta-feira (29/1), uma janela do 12º andar do mesmo edifício se soltou durante uma forte chuva.

Os trabalhadores também apontaram inundação e vazamento de água no estacionamento, sendo que os servidores foram orientados a retirar seus carros do local. No mesmo dia, a água da chuva jorrava do teto em algumas salas.

Os elevadores da Cidade Administrativa também apresentam problemas frequentes, como nesse mesmo temporal da última quarta-feira, tendo como ocorrência mais grave a morte de um servidor em novembro de 2023, após ser obrigado a subir 13 andares a pé.

Sindicato

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) encaminhou ofício à Secretaria de Planejamento e Gestão solicitando que os servidores lotados na Cidade Administrativa sejam autorizados a permanecer em home office até que sejam contabilizados e reparados os danos decorrentes do temporal que atingiu a região na tarde da última quarta-feira (29/1).

“Trata-se de medida de caráter emergencial, cujo objetivo é garantir a continuidade da prestação dos serviços públicos até que seja restabelecida a segurança do local”, justificou o presidente do Sindifisco-MG, Matias Bakir.

Em dezembro do ano passado, o Sind-Saúde MG - que representa os trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde - acionou o Ministério Público, o Ministério do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Comissão de Defesa dos Direitos dos Servidores Públicos da OAB/MG para pedir providências em relação à situação estrutural da Cidade Administrativa.

Na última semana, a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) solicitou à Defesa Civil de Belo Horizonte e ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) medidas emergenciais para averiguar a situação da Cidade Administrativa.

Mateus Simões

Após o episódio da queda da janela, o vice-governador Mateus Simões (Novo) responsabilizou as construtoras e as gestões passadas pelos problemas estruturais e construtivos da edificação. Nesta coletiva, Simões afirmou que "alguém tem que ser preso" pela obra que traz tantos transtornos e também disse que o prédio foi construído "em cima de um brejo".

O vice-governador mineiro declarou que o governo move um processo na Justiça contra a construtora devido aos problemas recorrentes registrados na sede administrativa. 

De acordo com o Movimento Teletrabalho MG - que defende o fortalecimento do regime de teletrabalho no Poder Executivo do Estado de Minas Gerais -, após seis anos à frente do governo, a gestão de Romeu Zema (Novo) ainda atribui a manutenção da Cidade Administrativa às gestões passadas.

“Enormes problemas como esses vistos na Cidade Administrativa também são encontrados em prédios usados por servidores estaduais no interior de Minas Gerais e em outras locações de Belo Horizonte. A manutenção é responsabilidade da atual gestão, e disso o governo não pode se esquivar”.

Seplag

A Seplag enviou uma nota à reportagem nesta segunda-feira. "A Cidade Administrativa está funcionando normalmente. Na quarta-feira (29/1), a empresa responsável pela manutenção da Cidade Administrativa foi até o local onde uma janela desprendeu e realizou um fechamento com madeirite no vão. Os subsolos dos prédios Minas e Gerais também já estavam disponíveis para uso na quinta-feira (30/1)", disse.

"Como a chuva afetou o funcionamento parcial do sistema de chamada antecipada dos elevadores do Prédio Minas, foi feita uma manutenção na quinta, enquanto os equipamentos funcionaram parcialmente. Na sexta-feira (31/1), os elevadores do Minas já estavam funcionando normalmente", completou.

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