
Quem é Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo
Conheça um pouco da história do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024
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Siga noPablo Marçal é candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Ele já era conhecido do eleitorado por ser influenciador digital e empresário, ganhando notoriedade por suas palestras motivacionais e cursos voltados para desenvolvimento pessoal. Atualmente, ele rejeita o título de coach.
O empresário terá o número 28 na urna. A vice dele é Antônia de Jesus (PRTB). Nascido em Goiânia, Marçal tenta atrair o eleitorado bolsonarista, mesmo sem o apoio formal de Jair Bolsonaro, que se alinha ao atual prefeito Ricardo Nunes. Pablo Marçal é casado com Ana Carolina Marçal, com quem tem quatro filhos.
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Em 2022, ele ganhou notoriedade por liderar uma expedição com 60 alunos ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira. Com um ingresso que custava R$ 3 mil, a expedição prometia uma experiência para "superar a vida e tornar-se um vencedor". Metade do grupo desistiu da trilha por conta das más condições climáticas, mas 32 pessoas – incluindo Marçal – precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Segundo Paulo Roberto Reis, capitão dos bombeiros e chefe da operação de resgate, Marçal colocou as pessoas sob "risco de morte".
De acordo com as equipes, o resgate foi solicitado por volta das 2h30 da madrugada, após ventos fortes arrastarem as barracas e deixarem os integrantes do grupo molhados, em risco de hipotermia. Durante a noite, as temperaturas no Pico podem chegar perto de 0°C.
No mesmo ano, ele ingressou na política, anunciando sua candidatura à presidente da República pelo extinto Pros, mas o partido desistiu da candidatura. Ele resolveu então concorrer a deputado federal por São Paulo e chegou a ser eleito, com 243 mil votos, mas não tomou posse, por problemas na documentação.
Ainda em 2022, uma pessoa morreu em maratona promovida pela empresa de Marçal. Segundo participantes, a corrida foi chamada de última hora, após o intitulado ex-coach fazer uma publicação afirmando ter corrido 42 km e "não ser trouxa". Na ocasião, Bruno da Silva Teixeira faleceu depois de sofrer uma parada cardíaca durante uma maratona de rua organizada por um grupo empresarial liderado por Marçal. A família de Bruno clama por justiça e exige uma investigação aprofundada. A Polícia Civil de São Paulo está tratando o caso como "morte suspeita".
O advogado Tasso Renam Souza Botelho, representante de Marçal, afirmou ao GLOBO que seu cliente optou por não se pronunciar publicamente para proteger a família. Ele também esclareceu que a maratona não foi uma iniciativa da empresa, mas sim um "treino entre amigos que resultou nessa tragédia".
No entanto, desde antes de ser influenciador digital, o candidato tem atitudes que chamam a atenção negativamente. Ele foi preso em 2005 em uma investigação de fraudes bancárias e solto dias depois após repassar informações à polícia. A investigação da PF afirma que, além de fazer a manutenção dos computadores da quadrilha, Marçal operava um programa responsável por captar e-mails para os quais seriam enviados spams. Por meio desses últimos, a quadrilha fisgaria dados das contas bancárias das vítimas. A condenação veio apenas em 2010.
Propostas
Entre suas propostas para a capital paulista, destacam-se ideias ambiciosas, como a construção do prédio de 1 km e a implementação de uma rede de teleféricos para melhorar a mobilidade urbana. Marçal também propõe modernizar a cidade com o uso de tecnologias como inteligência artificial e big data para gestão pública, além de incluir a disciplina de empreendedorismo no currículo escolar.
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Sua campanha, marcada por uma abordagem agressiva nas redes sociais, reflete sua estratégia de se posicionar como uma alternativa conservadora e inovadora aos principais adversários, como Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).
No entanto, a abordagem agressiva se materializou em embates presenciais, envolvendo outros candidatos e assessores. Em debate da TV Cultura, Marçal acusou José Luiz Datena (PSDB) de "não ser homem", uma vez que ele já admitiu ter vontade de agredí-lo em outros momentos, o que resultou na agressão conhecida como "cadeirada". Já em outro debate, promovido pelo grupo Flow, o ex-coach foi expulso por infringir as regras do debate e, como reação, seu videomaker, Nahuel Gomez Medina, agrediu o assessor de Nunes, Duda Lima.
Na corrida eleitoral, o candidato se mantém empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), segundo pesquisa da Quaest.