Governo Lula foi avaliado pelos eleitores na nova pesquisa do Datafolha -  (crédito: Sergio Dutti)

Governo Lula foi avaliado pelos eleitores na nova pesquisa do Datafolha

crédito: Sergio Dutti

De volta às terras mineiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega nesta sexta-feira (26/4) a Nova Lima para sua terceira visita ao estado desde que assumiu o cargo de chefe do Executivo federal pela terceira vez. Desta vez, o petista vai participar da cerimônia que marca a retomada da produção de insulina no Brasil, a partir da inauguração da planta de produção da Biomm.

 

 

Lula chega à capital mineira por volta das 9 horas da manhã no Aeroporto da Pampulha. O presidente dispensou o ritual de chegada de chefe de estado. Geralmente, quando uma autoridade é recebida em Minas, parlamentares, apoiadores, chefes do Executivo e representantes do governo do estado são responsáveis pela receptividade.

 

Desta vez, o petista vai direto para Nova Lima. Sem pausa para conversas, assim que pousar em BH, o presidente embarca em um helicóptero em direção à cerimônia, que está prevista para começar às 10h30, no Alphaville.

 

 

Além do presidente, outras autoridades do governo federal também estarão presentes, como a ministra da Saúde, Nísia Trindade; a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Sales, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.


O presidente Lula esteve em Belo Horizonte em fevereiro, anunciando obras do PAC e fazendo um balanço do seu primeiro ano de governo e das ações no estado - foi a primeira visita de Lula a Minas neste mandato. Em março, Lula participou da inauguração de uma fábrica de fertilizantes.

 

Relação entre os chefes dos Executivos

 

Embora as visitas a Minas estejam mais frequentes, a relação de Lula com o governador Romeu Zema (Novo) parece ter esfriado novamente. Os dois chefes estiveram juntos nas últimas duas visitas de Lula ao estado, porém, desta vez, a falta de convite por parte do Planalto afastou Zema da cerimônia em Nova Lima. Ao Estado de Minas, o governo confirmou que não foi convidado para a agenda.

 

O que chama a atenção é que a falta de conversa entre Zema e Lula aconteceu exatamente um dia após a Advocacia-Geral da União (AGU) defender, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o prazo para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) seja prorrogado, no máximo, até o fim de maio. O órgão se manifestou após o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), pedir mais 180 dias para concluir a adesão. O prazo termina neste mês.

 

Em dezembro do ano passado, o ministro Nunes Marques, relator do processo, concedeu liminar que prorrogou por 120 dias todos os prazos em curso, que incluem benefícios financeiros concedidos pela União. A prorrogação deu fôlego para o Estado renegociar uma dívida de R$ 160 bilhões.

 

A AGU também quer que qualquer nova prorrogação seja acompanhada de uma determinação para retomada do pagamento, ao longo de 2024, de ao menos R$ 2,3 bilhões. Essa quantia, segundo cálculo do Tesouro, corresponde ao que o Estado passaria para a União no período caso o RRF estivesse homologado ainda em abril.

 

Vale relembrar que a aproximação entre Lula e Zema ocorreu pela dívida mineira. O governador chegou a dizer que estava disposto a deixar as ideologias de lado para construir um legado de resolução.

 

O que é a Biomm?

A Biomm foi fundada em 2001, fruto de uma cisão parcial de uma grande produtora mundial de insulinas, e é a primeira e única empresa brasileira totalmente focada em biotecnologia. A empresa conta com o que há de mais moderno na produção de biomedicamentos e foi construída com o objetivo de proporcionar ao Brasil independência produtiva de medicamentos de alta tecnologia, como análogos de insulina e outros medicamentos biológicos.