O aumento nos casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas gerou uma onda de desconfiança nos brasileiros. Com isso, 91% dos consumidores passaram a evitar beber fora de casa, de acordo com pesquisa realizada pela Broadminded, encomendada pela Sherlock Communications.

A pesquisa ouviu 506 pessoas em todo o país para entender como a crise está impactando os hábitos de consumo. O resultado mostra que o brasileiro está mais cauteloso e exige maior transparência.

Dados do Ministério da Saúde, divulgados nessa segunda-feira (20/10), mostram que os casos confirmados subiram para 47. No último balanço, na sexta-feira, eram 46. Além disso, 57 notificações ainda estão em investigação e 578 foram descartadas.

O levantamento evidencia que a maioria da população enxerga o episódio como um problema sério de saúde pública. Para 95% dos entrevistados, é necessário agir com fiscalização imediata. Quase todos (93%) acreditam que o caso revela deficiências de controle e monitoramento, enquanto 88% consideram que há elementos de criminalidade e falsificação envolvidos. Apenas um quarto dos entrevistados vê a situação como isolada.

A preocupação reflete no consumo de álcool. Mais da metade (54%) reduziu a quantidade de bebidas consumidas. Outros 35% mudaram o tipo de bebida. Além dos 11% que deixaram de beber completamente. Além disso, 44% têm medo de que amigos ou familiares sejam expostos ao risco, e 33% temem consumir produtos adulterados.

O bicarbonato de sódio é um aliado poderoso em diversas situações, mas seu uso deve ser feito com cautela, respeitando as recomendações para evitar danos à saúde e a objetos pessoais. Imagem freepik
Pessoas com problemas de saúde específicos, como alcalose metabólica ou hipocalcemia, ou que estejam grávidas ou amamentando, devem evitar o uso de bicarbonato sem orientação médica. Imagem freepik
Além disso, o uso tópico pode causar irritações na pele. Em caso de reações alérgicas graves, como dificuldade para respirar ou inchaço, é necessário procurar ajuda médica imediatamente. Imagem freepik
O bicarbonato de sódio, quando utilizado inadequadamente, pode causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, náuseas, espasmos musculares e até alcalose metabólica em casos de ingestão excessiva. Imagem freepik
Em lentes de óculos: o bicarbonato de sódio pode arranhar as lentes de óculos, especialmente se elas tiverem camadas protetoras. Para limpar lentes, use um pano de microfibra e uma solução de limpeza apropriada. Imagem freepik
Em roupas coloridas: o bicarbonato pode clarear as roupas, o que é útil para peças brancas, mas pode desbotar tecidos coloridos. Ao lavar roupas coloridas, é importante não usar bicarbonato em excesso. Imagem freepik
Como substituto de shampoo: embora algumas pessoas utilizem o bicarbonato de sódio como shampoo, ele pode desequilibrar o pH do couro cabeludo e ressecar os fios, causando irritação e danos a longo prazo. É melhor usar produtos próprios para cuidados capilares. Imagem freepik
Em mármore ou granito: evite usar bicarbonato de sódio em superfícies de mármore e granito, pois o produto pode danificar essas pedras naturais, causando arranhões e descoloração. Produtos específicos para a limpeza de pedras naturais são mais adequados. Imagem freepik
Em ferimentos na pele: aplicar bicarbonato de sódio em ferimentos, cortes ou queimaduras pode causar irritação e agravar a lesão. Nessas situações, é preferível lavar a área com água limpa e usar antissépticos adequados. Imagem freepik
Em aparelhos eletrônicos: embora útil para limpar superfícies de uso doméstico, o bicarbonato de sódio não deve ser usado em dispositivos eletrônicos como celulares, tablets e televisores, pois pode danificar as telas sensíveis ao toque e as superfícies de plástico. Imagem freepik
Apesar de ser amplamente utilizado, o bicarbonato de sódio não deve ser empregado de qualquer maneira ou em qualquer situação. Existem casos específicos em que seu uso pode ser prejudicial. divulgação
Higienização de alimentos: o bicarbonato de sódio também é eficaz na limpeza de frutas e hortaliças. Ao dissolver 1 colher de sopa de bicarbonato em 1 litro de água e deixar os alimentos de molho por 15 minutos, é possível remover resíduos de pesticidas, sujeira e até alguns microrganismos presentes nas cascas. Reprodução Ypê
Gargarejo para dor de garganta: quando a garganta está irritada ou coçando, fazer gargarejos com bicarbonato de sódio pode ajudar a aliviar os sintomas. Misturar 1 colher de sopa de bicarbonato com meio copo de água morna e gargarejar várias vezes ao dia pode eliminar microrganismos causadores de infecções. - Reprodução do facebook Dr. Fernando Gomes Pinto
Uma mistura de bicarbonato com água aplicada no couro cabeludo e no cabelo por 15 minutos pode melhorar a saúde capilar. No entanto, o uso excessivo pode ressecar o cabelo, pois o bicarbonato é um agente alcalino. Reprodução do Youtube Canal Daiane Nascimento
Cuidados com o cabelo: o bicarbonato pode ser útil para limpar o cabelo, removendo o excesso de oleosidade e a caspa, além de abrir as cutículas capilares e facilitar a absorção de nutrientes de cremes hidratantes. Flickr Tina
Para isso, mistura-se o bicarbonato com óleo de amêndoas ou óleo de coco e aplica-se a mistura sobre as manchas com movimentos circulares. Essa esfoliação ajuda a uniformizar o tom da pele, embora deva ser feita com moderação para evitar irritações. Reprodução de Facebook
Tratamento de manchas na pele: o bicarbonato de sódio pode ajudar a clarear manchas escuras na pele, como as causadas pela exposição solar ou alterações hormonais. - Imagem Freepik
Ao dissolver 3 colheres de sopa de bicarbonato em três litros de água, é possível fazer uma imersão para aliviar a dor e a ardência. No entanto, é fundamental buscar orientação médica para tratar adequadamente a infecção. Reprodução de Youtube
Infecções urinárias: embora não substitua o tratamento médico, o bicarbonato de sódio pode ser usado como um alívio temporário para os sintomas de infecções urinárias. Imagem Freepik
Para isso, basta misturar bicarbonato com sabonete líquido ou óleo de amêndoas e aplicar com movimentos circulares. Essa prática ajuda a suavizar a pele dos pés, especialmente nos calcanhares, e eliminar odores, graças à ação antifúngica do produto. - Imagem Freepik
Esfoliação e cuidados com os pés: o bicarbonato é excelente para esfoliar a pele, especialmente nos pés, removendo células mortas e combatendo odores desagradáveis. divulgação
Porém, o uso excessivo deve ser evitado, e sempre é aconselhável consultar um médico antes de usar o bicarbonato de forma recorrente para este fim. Montagem sobre imagem Freepik
Combate à acidez estomacal: o bicarbonato de sódio também é eficaz para neutralizar a acidez do estômago, aliviando sintomas de queimação e dor causados por refluxo. Para isso, pode-se preparar uma solução com uma colher de café de bicarbonato em 250 ml de água e beber metade dessa mistura. Divulgação
No entanto, deve-se tomar cuidado com o uso excessivo, pois o produto pode ser abrasivo e, a longo prazo, desgastar o esmalte dentário. A recomendação é escovar os dentes com pasta contendo bicarbonato de duas a três vezes por dia. Diana Polekhina Unsplash
Clareamento dental: o bicarbonato de sódio é um ingrediente comum em pastas de dente devido à sua capacidade de remover manchas e placa bacteriana. Usar pastas com bicarbonato pode ser eficaz para clarear os dentes e melhorar a saúde bucal.
No entanto, é essencial conhecer suas indicações e limitações para evitar possíveis danos à saúde e a superfícies. Vamos conferir abaixo as formas corretas de se usar o bicarbonato, bem como o que evitar com o item. Imagem gerada por i.a
Sua versatilidade é notável, podendo ser usado para clarear dentes, combater a acidez estomacal, melhorar a saúde da pele, higienizar alimentos e até tratar problemas como a coceira na garganta. Flickr DEENAMIK
O bicarbonato de sódio, aliás, é um composto alcalino com grande número de aplicações no cotidiano, tanto para cuidados pessoais quanto para tarefas domésticas. Thavox/Wikimédia Commons
Enquanto os antídotos específicos - como fomepizol ou etanol farmacêutico - bloqueiam a formação das toxinas, o bicarbonato age rapidamente nas consequências imediatas, ajudando a estabilizar o paciente até que o organismo elimine o veneno. Tszrkx, CC0, via Wikimedia Commons
Quando o metanol é metabolizado, o fígado o transforma em formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas que deixam o sangue excessivamente ácido e podem causar cegueira ou morte. O bicarbonato atua corrigindo essa acidose metabólica, restabelecendo temporariamente o equilíbrio químico do corpo. Danny S., CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
Diante dos recentes e alarmantes casos de intoxicação por metanol em São Paulo, médicos têm destacado o papel essencial do bicarbonato de sódio como intervenção de emergência. Ganokpat, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Exigência por fiscalização e transparência

Os consumidores apontam a necessidade de ações concretas das autoridades. Segundo a pesquisa, 54% se sentiriam mais seguros se bares e restaurantes fossem fiscalizados regularmente e os resultados fossem divulgados. Outros 51% defendem a presença de selos de fiscalização visíveis nos estabelecimentos, e 37% gostariam de acesso a uma lista pública de locais autuados.

O impacto é claro: 91% dos entrevistados disseram ter perdido confiança em consumir bebidas fora de casa, e 76% afirmaram que episódios como esse abalam a confiança no governo.

O levantamento também mostrou que o consumidor busca rastreabilidade das bebidas como forma de garantir segurança. Entre as soluções mais citadas estão os selos de fiscalização nas fábricas (45%); campanhas educativas para identificar bebidas falsificadas (42%); e QR Codes para acompanhar a origem do produto (38%).

Apesar disso, 27% dos consumidores ainda não confiam plenamente nos dados de rastreabilidade, e 22% não sabem como verificar as informações.

Consumidores mais atentos à procedência

O interesse do público vai além da segurança: os brasileiros querem informações detalhadas sobre os produtos que consomem. Os dados mais valorizados são:

  • Ingredientes e origem dos insumos (47%);
  • Alertas de contaminação (40%);
  • Data de produção e validade (34%);
  • Reputação do produtor (33%);
  • Histórico de reclamações ou seleção de insumos (27%).

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Além disso, 92% defendem que rastreabilidade seja obrigatória para bebidas, 89% para alimentos e 88% para medicamentos. “O estudo deixa claro que a confiança do consumidor foi abalada. A transparência na produção e a fiscalização rigorosa são essenciais para restaurar essa confiança e proteger a população”, analisa Patrick O’Neill, sócio-gerente da Sherlock Communications.

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