A temporada das águas tem causado estragos em Minas Gerais desde o último final de semana. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), eles receberam cerca de 250 chamados para árvores caídas em todo o estado desde sexta-feira (12/12), mesmo dia em que Belo Horizonte foi atingida por um temporal. Nesse período, mais de 100 ocorrências foram registradas na Grande BH.
Entre a manhã desse domingo (14/12) e a manhã desta segunda-feira (15/12), os militares atenderam cerca de 30 ocorrências na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A reportagem do Estado de Minas flagrou árvores caídas em vias públicas em pelo menos cinco pontos, com maior concentração nas regiões Pampulha e Venda Nova.
Foram registradas quedas de árvores na Rua Dalva de Matos, no Bairro Rio Branco, em Venda Nova; nas avenidas Ministro de Oliveira Salazar e Deputado Anuar Menhem, ambas no Bairro Santa Mônica; e na Rua Deputado Wilson Tanure, no Bairro Santa Amélia; e Rua Augusto de Lima Júnior, no Bairro Santa Branca, na Região Pampulha.
Em nota, a Subsecretaria Municipal de Zeladoria Urbana (Suzurb) informou que, devido ao grande número de árvores caídas por causa da forte chuva de sexta, está sendo priorizado o recolhimento de galhos onde há bloqueio de vias de trânsito intenso, desde a manhã de sábado (13/12). "Posteriormente, serão recolhidos os galhos nos demais locais onde houve ocorrências de queda de árvore sem bloqueio de via", disse a nota.
Falta de energia
As quedas comprometeram parcialmente algumas casas, como muros de entrada e portões. Além do transtorno da queda da árvore, Flávia Souza Machado, moradora do Bairro Rio Branco, relatou estar sem energia elétrica desde sexta-feira. A falta de energia tem comprometido a rotina da vizinhança, que relatou ter perdido alimentos por falta de refrigeração, além de ter outras tarefas cotidianas dificultadas.
“Desde sexta-feira estamos sem luz. Alguns vizinhos aqui ainda têm energia, mas a maioria está sem. Eles (vizinhos com energia) conseguiram ajudar a gente, pegando carne, mas muita coisa vai perder aqui na geladeira desligada. Não tem como levar tudo, porque é muita coisa”, contou.
De acordo com Flávia, que é filha da dona da residência, há mais de duas semanas ela vinha pedindo que a árvore fosse podada, assim como outras da mesma rua foram. No entanto, o pedido não foi atendido. Ela alega que foi informada pelo Corpo de Bombeiros que o caminhão que eles utilizavam não era apropriado para realizar o serviço. A corporação disse, ainda, que realizaria o trabalho na manhã do dia seguinte, mas não o fizeram.
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A Cemig informou que a energia foi restabelecida por volta das 12h30 e reforçou que é necessário que os moradores abram chamado para restabelecer o serviço. De acordo com nota da Cemig, "alguns clientes acabam ficando, de forma individual, um tempo maior sem energia, por não avisar a companhia".
