Parque do Palácio das Mangabeiras recebe novidades, confira
Espaço público ganha áreas de lazer para crianças, andar permanente contando sua história desde que inaugurado como residência oficial de governadores e outro
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Durante décadas, o Palácio das Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi sinônimo de exclusividade. Mal se podia passar perto do portão, cercado por seguranças e barricadas. Antiga residência oficial dos governadores de Minas Gerais, o espaço mudou de função há dois anos, quando foi aberto ao público, transformando seus jardins em um parque público. Hoje, o lugar estreia novas exposições e áreas de lazer para crianças como forma de ampliar seu uso cultural.
Agora os belo-horizontinos podem não só visitar toda a propriedade, como passar o dia com os pequenos, brincando nas dependências antes restrita às autoridades. O primeiro ponto de destaque é a abertura da exposição permanente “Palácio das Mangabeiras: de residência do governador a um parque para todos”.
A mostra foi criada para atender turistas que visitam Belo Horizonte e todos que desejam conhecer a história do antigo Palácio das Mangabeiras, apresentando bum panorama claro e acessível sobre a trajetória do edifício e sua relação com a cidade.
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O arquiteto e gestor do Parque do Palácio, João Grillo, contou que o local era considerado área de segurança. “Não temos muitas imagens daqui de dentro. As pessoas, até mesmo jornalistas, tinham que deixar os celulares na portaria. A ideia é começar um trabalho de pesquisa sobre o que foi este espaço”, disse.
Segundo ele, a exposição é uma maneira de convidar as pessoas a se envolver com essa história e a mandarem fotografias que tenham a ver com o parque, para que, nos próximos anos, seja possível levantar “o legado da residência dos governadores”. A mostra ocupa o primeiro andar do palácio e foi desenvolvida pelo arquiteto e cenógrafo Alexandre Rousset, em parceria com o departamento de História da PUC Minas.
A exibição conta com pôsteres explicativos e ilustrações de cada governador do estado, de Juscelino Kubitschek até o atual, Romeu Zema. “Muitas pessoas vinham e não tinham informações sobre o que foi o prédio, o que aconteceu aqui e o que está acontecendo agora como parque”, comentou o curador Rousset.
Para isso, o 1º andar foi dividido em três salas distintas.
“A primeira é o palácio em um contexto urbano, dentro da formação de Belo Horizonte. Temos o centro do poder, que era o Palácio da Liberdade e a praça, até a vinda dele para o Mangabeiras, e todos os sujeitos envolvidos neste processo, como Juscelino, Burle Marx, Oscar Niemeyer”, descreveu.
Na sequência, são retratados os 16 governadores que passaram por lá, e cenas de famílias e reuniões privadas que aconteciam dentro do imóvel. Já na terceira sala, aparecem esculturas de espécies animais e vegetais. “Trouxemos o contexto natural onde o palácio está inserido, representado pela fauna e flora que estão em volta”, concluiu o curador.
Nova maternidade
O 2º andar da casa é destinado a exposições temporárias. A da vez é a “(Des)culpa”, que apresenta a jornada materna da própria pintora e ilustradora Lu Simão. A protagonista é a personagem “Culpa”, e como a artista diz, a mostra veio para inspirar uma geração de mães a rir da própria culpa, até que ela perca a graça.
A exposição aborda, de forma sensível e bem-humorada, o sentimento de culpa materna. É composta por uma série de instalações que exploram as expectativas, a vigilância e as exigências silenciosas associadas à maternidade, contrastando-as com a celebração da beleza do cotidiano.
“O intuito é levantar essa pauta da culpa, que eu entendi que é uma dor cultural que todas as mães carregam. A ideia é desconstruir o tamanho que essa culpa tem na vida das mães que acham que existe um modelo perfeito para desempenhar esse papel”, mencionou a artista.
Na área externa, duas novidades ampliam a diversão no parque. A pumptrack é uma pista exclusiva para bicicletas, com lombadas e curvas que permitem ganhar velocidade sem pedalar. O uso é indicado a partir de 4 anos, com uso obrigatório de capacete e outros equipamentos de segurança, calçados fechados e respeito às sinalizações, sempre priorizando segurança e controle do veículo.
Além disso, o jardim também receberá um novo parquinho infantil, projetado pela designer Cynthia Silva, e dedicado à convivência, imaginação e brincadeira das crianças.
Funcionamento
Inaugurado em 1955, o Palácio das Mangabeiras ganhou nova proposta em 2019, quando foi cedido pelo governo à Codemge, com o objetivo de transformá-lo em um equipamento cultural e turístico. Também foi firmada parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Malab Produções, com o intuito de proporcionar uma agenda permanente de eventos para os mais diversos públicos.
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O parque do Palácio possui 42.000 m2 e recebe exposições, festivais e feiras. O funcionamento é de quarta-feira a domingo das 10h às 18h, sendo de quarta a sexta com entrada gratuita. Sábado e domingo, os ingressos custam R$ 10 (inteira) e devem ser retirados no Sympla.
Serviço
Parque do Palácio das Mangabeiras
Endereço: Rua Djalma Guimarães, 161, Portaria 2
Funcionamento: Quarta a domingo, das 10h às 18h
Instagram: @parquedopalacio
Site: www.parquedopalacio.com