DESDÉM

Perfil de Renê Nogueira usa psicanalista para avaliar sorriso em entrevista

Análise comportamental feita pelo psicanalista Ricardo Ventura foi postada no perfil do Instagram do empresário, que responde pela morte do gari Laudemir

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O perfil do Instagram de Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, réu pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, postou um vídeo com trecho da análise comportamental do empresário durante uma entrevista à TV Record, em 30 de novembro. 

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Na postagem, o psicanalista Ricardo Ventura, influenciador com 1,3 milhão de seguidores, avalia o momento em que o empresário sorri após um questionamento do repórter Roberto Cabrini. 


Cabrini diz que a frase “Se você esbarrar no meu carro, eu dou um tiro na sua cara” é atribuída a Renê, que esboça um leve sorriso. Diante da reação do detento, o repórter pergunta porque ele sorriu. Ventura atribui a reação a um desdém do empresário. “Sorri porque é um desdém”, afirma. 


Na legenda da postagem, os responsáveis pelo perfil recém reativado, afirmam que a reação de Renê é explicada porque ele repudia a frase. “Renê não sorriu, Renê discordou com desdenho da pergunta formulada porque ignora que tenha dito a frase”.


Segundo o dicionário, desdenhar significa desprezar, fazer pouco caso, mostrar indiferença ou que algo ou alguém não é digno de consideração. A palavra tem origem no latim disdignare (considerar indigno). 


Mudança de versões

Desde o momento de sua prisão, o empresário já apresentou várias versões sobre o que teria acontecido na manhã de 11 de agosto. Em um primeiro momento, Renê negou que teria cometido o crime e passado pelo local no dia. No entanto, o álibi foi derrubado pelas investigações que obtiveram imagens nítidas do carro do suspeito e dele guardando a arma de sua esposa, delegada da PCMG, em uma mochila. 


Após a divulgação das gravações, o investigado, em novo depoimento, confessou que estava no local e disparou a arma da esposa. Conforme registrado no termo de declaração da oitiva, pela PCMG, Renê afirmou que essa teria sido a primeira vez que pegou a pistola .380, de uso particular da mulher. Ainda segundo a nova versão, ele teria feito isso para se proteger por “estar indo para um local perigoso” e por não conhecer o caminho. A arma, então, seria “para proteção”.


Em seu último depoimento, durante a audiência de instrução, na quarta-feira (26/11), o empresário afirmou que sua confissão foi feita sob ameaça de dois delegados da Polícia Civil de Minas Gerais. E que nunca disparou a arma da esposa.


“Eu não mudei minha versão. É que na realidade é que nós estamos dentro de um processo legal. Não, eu não tenho relatado nada para ninguém, eu não tenho acesso a ninguém. Infelizmente elas estão erradas. Eu não gostaria de fazer um ajuste a minha versão, porque estou falando a verdade”, disse à TV Record.


Em relação ao motivo de estar armado no dia da morte de Laudemir, Renê afirmou que decidiu manter o artefato no carro depois que sofreu ameaças de um antigo sócio que tem relação com o jogo do bicho. O réu ainda afirmou que na época registrou um boletim de ocorrência relatando a situação.


Ele ainda afirmou que, no dia, ao sair de casa, ficou cerca de 30 minutos parada no trânsito para sair do bairro onde mora e que “teve a oportunidade de atirar em outras pessoas, mas não o fez”. Além disso, ele afirmou que jamais atiraria em alguém por estar parado no trânsito.

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Como o crime aconteceu?

  • Equipe de coleta de lixo trabalhava na Rua Modestina de Souza, Bairro Vista Alegre, em BH, na manhã do dia 11 de agosto.
  • Motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, 42 anos, manobra para liberar passagem, após ver uma fila de carros se formar atrás dela.
  • Eledias e os garis acenam para Renê da Silva, que dirigia um carro BYD, permitindo a passagem.
  • O suspeito abaixa a janela e grita que, caso encostasse em seu veículo, ele iria "dar um tiro na cara" da condutora.
  • Na sequência, ele segue adiante, estaciona, sai do carro armado; derruba o carregador, recolhe e engatilha pistola, segundo o registro policial.
  • Ele faz um disparo que atinge Laudemir no abdômen.
  • O gari é levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morre por hemorragia interna.
  • No local, PM recolhe projétil intacto de munição calibre .380.
  • Horas após o crime, a PM localiza e prende Renê no estacionamento de academia na Av. Raja Gabaglia.
  • Flagrante convertido em prisão preventiva em audiência de custódia, no dia 13 de agosto, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais
  • Renê está preso no Presídio de Caeté, Grande BH 

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