Morte de gari: perfil de Renê Nogueira no Instagram é reativado
Réu por homicídio qualificado do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido em agosto deste ano, soma 28,1 mil seguidores
compartilhe
SIGA
O perfil do Instagram do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, réu pelo homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, foi reativado na noite dessa terça-feira (2/12). A conta, que soma 28,1 mil seguidores, voltou ao ar, mas permanece privada, sendo necessário enviar solicitação para segui-lo.
Renê foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por homicídio qualificado. Ele é acusado de ter assassinado o gari Laudemir depois de discussão por causa do trânsito impedido por caminhão de coleta de lixo que realizava o serviço na rua. O crime ocorreu em 11 de agosto deste ano, no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte.
Recentemente, o réu voltou a negar ter feito o disparo que matou o gari, alegando que o tiro não teria partido da arma da esposa, uma delegada da Polícia Civil. O caso segue em tramitação na Justiça.
Leia Mais
“O incidente pode ter acontecido. Até onde eu posso dizer, por via do processo, eu posso admitir que um incidente aconteceu [...] Não posso pedir desculpa (à família de Laudemir) porque eu não atirei. Eu estaria assumindo uma culpa que eu não sou culpado”, disse.
Mudança de versões
Desde o momento de sua prisão, o empresário já apresentou várias versões sobre o que teria acontecido na manhã de 11 de agosto. Em um primeiro momento, Renê negou que teria cometido o crime e passado pelo local no dia. No entanto, o álibi foi derrubado pelas investigações que obtiveram imagens nítidas do carro do suspeito, além de um vídeo dele guardando a arma de sua esposa em uma mochila.
Após a divulgação das gravações, o investigado, em novo depoimento, confessou que estava no local e disparou a arma da esposa. Conforme registrado no termo de declaração da oitiva pela PCMG, Renê afirmou que essa teria sido a primeira vez que pegou a pistola .380, de uso particular da mulher. Ainda segundo a nova versão, ele teria feito isso para se proteger por “estar indo para um local perigoso” e por não conhecer o caminho. A arma, então, seria “para proteção”.
Em seu último depoimento, durante a audiência de instrução, na última quarta-feira (26/11), o empresário afirmou que sua confissão foi feita sob ameaça de dois delegados da Polícia Civil de Minas Gerais. E que nunca disparou a arma da esposa.
“Eu não mudei minha versão. É que, na realidade, nós estamos dentro de um processo legal. Não, eu não tenho relatado nada para ninguém, eu não tenho acesso a ninguém. Infelizmente elas estão erradas. Eu não gostaria de fazer um ajuste a minha versão porque estou falando a verdade”, disse à TV Record.
Como o crime aconteceu?
- Equipe de coleta de lixo trabalhava na Rua Modestina de Souza, Bairro Vista Alegre, em BH, na manhã do dia 11 de agosto.
- Motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, 42 anos, manobra para liberar passagem, após ver uma fila de carros se formar atrás dela.
- Eledias e os garis acenam para Renê da Silva, que dirigia um carro BYD, permitindo a passagem.
- O suspeito abaixa a janela e grita que, caso encostasse em seu veículo, ele iria "dar um tiro na cara" da condutora.
- Na sequência, ele segue adiante, estaciona, sai do carro armado; derruba o carregador, recolhe e engatilha pistola, segundo o registro policial.
- Ele faz um disparo que atinge Laudemir no abdômen.
- O gari é levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morre por hemorragia interna.
- No local, PM recolhe projétil intacto de munição calibre .380.
- Horas após o crime, a PM localiza e prende Renê no estacionamento de academia na Av. Raja Gabaglia.
- Flagrante convertido em prisão preventiva em audiência de custódia, no dia 13 de agosto, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais
- Renê está preso no Presídio de Caeté, Grande BH
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia