INVESTIGAÇÃO

Caso Alice: polícia pede que MP investigue possível negligência médica

A conclusão do inquérito foi apresentada nesta quinta-feira (4/12) em coletiva de imprensa. Delegada afirma que a vítima procurou unidades de saúde várias vezes

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) solicitou ao Ministério Público (MPMG) que investigue possível negligência médica na morte de Alice Alves Martins, de 33 anos, em outubro deste ano. A informação foi repassada pela delegada Iara França, responsável pela investigação, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (4/12) para apresentar a conclusão do inquérito.

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De acordo com a delegada, o órgão vai analisar o fato da vítima ter procurado atendimento médico, mas ter sido liberada. "Alice foi encaminhada no dia dos fatos para a UPA e, depois, no dia 26, para um hospital particular. Foi liberada e no dia 8 de novembro voltou ao hospital", relembrou Iara.

Ela ainda afirmou que Alice compareceu à Delegacia de Crimes contra Intolerância (Decrin) no dia 5 de novembro, acompanhada do pai e narrou os fatos ocorridos. "Ela foi encaminhada ao IML, onde passou por avaliação clínica. A médica legista constatou as lesões corporais que ela havia sofrido. O papel do IML é constatar as agressões", destacou.  

A responsável pelo caso garantiu que "todo o fato envolvendo a Alice ter procurado atendimento médico e ter sido liberada foi analisado e encaminhado ao MP para que ele tome as providencias em relação às unidades hospitalares".

Qual foi a causa da morte?

Alice morreu em decorrência de uma infecção generalizada, causada pela perfuração de parte do intestino. A informação consta no atestado de óbito da vítima. O documento, enviado à reportagem, indica que a causa da morte foi “choque séptico, abdome agudo perfuro, úlcera duodenal perfurada” e uso de anti-inflamatório. 

Após o ataque, a mulher perdeu a consciência e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em um primeiro momento, ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento Centro-Sul. Dez dias depois, em 2 de novembro, ela foi levada de ambulância para o Pronto Atendimento do Hospital da Unimed, em Betim (MG), na Região Metropolitana de BH. Na unidade de saúde, exames de imagem apontaram fraturas nas costelas, cortes no nariz e desvio de septo. 

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Em 8 de novembro, os médicos diagnosticaram uma perfuração no intestino, possivelmente causada por uma das costelas quebradas ou, segundo suspeita do pai da vítima, Edson Alves Pereira, agravada pelo uso de anti-inflamatórios após a agressão. Com o diagnóstico, Alice foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu à infecção generalizada e morreu.

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