AGRESSÃO

Caso Alice: imagens mostram ferimentos provocados por espancamento

Mulher trans foi espancada em 23 de outubro após sair de um bar sem pagar. Ela morreu em 9 de novembro após ter o intestino perfurado por costela quebrada

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Trinta quatro dias depois que Alice Martins Alves, de 33 anos, foi brutalmente espancada por dois homens na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, imagens mostram os hematomas por todo o seu corpo. A vítima morreu, 17 dias após as agressões, em decorrência de uma infecção generalizada, causada pela perfuração de parte do intestino. A mulher trans foi atacada depois de sair do Bar Rei do Pastel e ser perseguida por dois funcionários.

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As imagens mostram as pernas de Alice cobertas por ferimentos. Ela também foi agredida no rosto e na região do abdômen. Alice chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas foi liberada na sequência. Seu atestado de óbito, enviado ao Estado de Minas, indica que a causa da morte foi: “choque séptico, abdome agudo perfuro, úlcera duodenal perfurada” e uso de anti-inflamatório.

As agressões aconteceram em 23 de outubro e teriam sido motivadas por uma dívida de R$ 22. Após o ataque, Alice perdeu a consciência e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em um primeiro momento, ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento Centro-Sul.

Dez dias depois, em 2 de novembro, ela foi levada de ambulância para o Pronto Atendimento do Hospital da Unimed, em Betim, na Região Metropolitana. Na unidade de saúde, exames de imagem apontaram fraturas nas costelas, cortes no nariz e desvio de septo.

Em 8 de novembro, os médicos diagnosticaram uma perfuração no intestino, possivelmente causada por uma das costelas quebradas ou, segundo suspeita do pai da vítima, Edson Alves Pereira, agravada pelo uso de anti-inflamatórios após a agressão. Com o diagnóstico, Alice foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu à infecção generalizada e morreu.

Transfobia

De acordo com a delegada Iara França, do Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios da PCMG, a mulher tinha o costume de frequentar alguns bares da região e era conhecida dos funcionários e comerciantes. No dia dos fatos, Alice teria sentado, sozinha e pedido uma bebida alcoólica. Depois de um tempo, ela se levantou e se esqueceu de quitar a conta.

Apesar de haver indícios de que as agressões sofridas por Alice tenham sido motivadas por uma dívida, a Polícia Civil também trabalha com a hipótese que a mulher foi vítima de transfobia. A possibilidade ganha força, segundo a delegada Iara França, pela intensidade da violência.

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Além disso, à polícia a mulher relatou que demorou a procurar a delegacia da mulher por sentir medo dos suspeitos e também ter ficado envergonhada. Por isso, durante o registro da ocorrência, ela, inclusive, passou características genéricas de um dos suspeitos, o identificando apenas como homem, branco, de cabelos escuros e usando calça jeans e camiseta preta.

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