BH: disputa por boca de fumo termina com dois mortos no Buraco Quente
Para vingar morte de chefe do tráfico, grupo mata traficante e na troca de tiros com a PM outro morre
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Uma tentativa de retomada de uma boca de fumo, na noite dessa terça-feira (11/11), na Vila Senhor dos Passos, conhecida como Buraco Quente, próximo à Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi a causa de duas mortes, uma delas, provocada pelos invasores, um grupo dissidente do tráfico de drogas e, a outra, numa troca de tiros com a Polícia Militar.
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Segundo o tenente-coronel Jorge Chaves, comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a origem do confronto seria o assassinato do antigo dono da boca de fumo, Denis Chai. A morte ocorreu em janeiro e acabou dividindo o grupo criminoso.
E para vigar a morte do chefe da boca, seus parceiros, que tinha sido afastados por um grupo rival, decidiram retomar o controle da região. “Na invasão, ele trocaram tiros com rivais e mataram o atual chefe do tráfico no Buraco Quente. Além disso, dois comparsas, desse, ficaram feridos”.
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O militar conta que moradores da favela ligaram para a PM e disseram que haviam homens armados, transitando pelas ruas e becos e também que tinham escutado tiros.
Viaturas da PM foram enviadas e, ao chegaram no Buraco quente, se encontraram com três integrantes do grupo invasor, que estavam num veículo, um SUV Hyundai blindado e com a placa clonada. Os criminosos tentaram fugir, mas esbarraram num carro que era da Inteligência da PM e bateram em outro.
Nesse instante, ao descerem do carro, os criminosos se viram cercados por viaturas policiais e começaram a atirar. Os policiais revidaram e um dos homens foi baleado. O criminoso foi socorrido com vida e levado para o Hospital Odilon Behrens, mas morreu a caminho.
Os outros dois ocupantes desse veículo ficaram feridos. Esses dois e mais os outros dois que estavam na boca de fumo e que ficaram feridos, foram levados ao hospital onde permanecem internados, mas não correm risco de vida, segundo o tenente-coronel Chaves.
Na operação foram apreendidas seis pistolas, nos calibres 9 milímetros e .48, sendo algumas delas com alongadores, que transformam as armas em repetidoras de tiros, além de toucas do tipo ninja, drogas e balanças de precisão.
Segundo o tenente-coronel, todos os seis envolvidos - os dois mortos e os quatro feridos -, têm passagens policiais por tráfico de drogas, homicídios e alguns deles com registro de fugas de presídios.
Situação crítica
A favela Buraco Quente é vizinha da Pedreira Prado Lopes e já há algum tempo que os moradores reclamam da falta de segurança: homicídios à luz do dia, tiros, roubo e drogas são alguns dos crimes que se tornaram comuns na região.
Sobre essas reclamações, o tenente-coronel Chaves diz que o Serviço de Inteligência da PM vem atuando na região e que há rondas contínuas, durante 24 horas, são feitas tanto na Pedreira Prado Lopes como no Buraco Quente.
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