A solidariedade dos brasileiros tem sido explorada por estelionatários que usam histórias falsas de doenças graves para arrecadar dinheiro. Um caso recente, em que um homem é procurado pela polícia por usar a suposta enfermidade de um falso filho para pedir doações em igrejas, acendeu um alerta sobre a prática. Esses golpes se aproveitam da boa-fé das pessoas, criando narrativas comoventes que dificultam a desconfiança.
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Os criminosos costumam agir tanto presencialmente quanto nas redes sociais, onde a disseminação de campanhas falsas é rápida e atinge um grande número de potenciais vítimas. Eles criam perfis falsos, usam fotos de crianças encontradas na internet e até forjam laudos médicos para dar credibilidade à fraude.
Com o avanço da tecnologia, alguns golpistas já utilizam inteligência artificial e deepfakes para criar vídeos falsos, tornando o apelo ainda mais realista. A pressão emocional e o senso de urgência são as principais ferramentas para convencer as pessoas a doarem rapidamente, sem que verifiquem a veracidade do pedido.
Para doar de forma segura e garantir que sua ajuda chegue a quem realmente precisa, é fundamental adotar algumas precauções. Verificar a origem da campanha e desconfiar de pedidos que chegam por canais não oficiais são os primeiros passos para se proteger.
5 dicas para evitar o golpe da falsa doença
Com algumas medidas simples, é possível diferenciar um pedido de ajuda legítimo de uma tentativa de fraude. A atenção aos detalhes e a busca por informações concretas são essenciais.
1. Pesquise a história online: antes de doar, procure pelo nome da pessoa ou da campanha em sites de busca. Verifique se a história foi noticiada por veículos de imprensa confiáveis ou se está vinculada a alguma organização não governamental (ONG) conhecida. A ausência de registros é um sinal de alerta.
2. Desconfie de apelos muito emotivos e urgentes: golpistas frequentemente usam uma linguagem que explora a compaixão e cria um senso de urgência para impedir que a vítima pense com clareza. Desconfie de mensagens que pressionam por uma doação imediata.
3. Verifique os canais de doação: evite transferir dinheiro para contas de pessoas físicas desconhecidas. Campanhas sérias costumam ser organizadas por instituições, hospitais ou ONGs com sites oficiais e chaves Pix empresariais (CNPJ). Dê preferência a esses canais.
4. Analise os documentos e fotos: se a campanha apresentar laudos ou exames, observe se há rasuras, informações vagas ou erros de português. Utilize a busca reversa de imagens para verificar se as fotos não foram roubadas de outros sites ou campanhas antigas.
5. Não compartilhe sem antes checar: ao compartilhar um pedido de ajuda sem verificar sua autenticidade, você pode, sem querer, ajudar a ampliar o alcance de um golpe. Certifique-se da veracidade da campanha antes de enviá-la para seus contatos.
É importante lembrar que criar campanhas de doação falsas é crime. A prática se enquadra como estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão. Denunciar tentativas de golpe às autoridades é fundamental para combater esse tipo de fraude.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
