Leitores do Estado de Minas que são usuários dos ônibus metropolitano aproveitaram os comentários da reportagem “O último ‘Trem’ da noite: a luta da volta para casa em cidades da Grande BH”, publicada no site do EM nesta quinta-feira (23/10), para relatar as próprias dificuldades que enfrentam no fim do dia usando o transporte público.

A reportagem acompanhou as últimas viagens do dia em ônibus que levam para as cidades de São Joaquim de Bicas, Ribeirão das Neves e Lagoa Santa. Contudo, a falta de viagens no horário noturno se estende para os moradores de outras cidades. 

A leitora Andreza Lopes (andreza_lopesbhz) conta que nos bairros Inconfidentes e Novo Riacho, em Contagem, a situação também é complicada. “O último ônibus que vai para o Centro, pasmem, sai do bairro às 18h. Após esse horário só no dia seguinte. O tempo de trajeto até o Centro é de 50 minutos”.

Outro morador da cidade, o leitor Geison Lasmar (geisonlasmar), conta que do outro lado da cidade, na região do Tropical, também há poucos horários para atender a população. “Quem mora em Contagem e depende do 2570 (Capelinha) tem que correr para o metrô, porque o último ônibus sai do bairro às 19h29. O 7700 (Tropical/Belo Horizonte) sai do bairro às 20h01 e o 2580 (Eldorado/Belo Horizonte) sai às 19h41.”

O atendimento que já era limitado antes da pandemia se tornou ainda pior, conforme relata a leitora Dione Vaz (dionevaz21), usuária da linha 7900 (Santa Cruz/Belo Horizonte). “O ônibus que passava na área hospitalar às 23h parou de circular. O último horário chega na área hospitalar às 21h30 e não circula mais. Eu tenho que pegar mais duas conduções para chegar até minha casa”.

Moradores de outras cidades também comentaram suas jornadas na reportagem. O leitor Erick Medeiros Cruz (latinoamerick), de Santa Luzia, diz que os cortes de horários impactam a vida de muita gente, especialmente dos trabalhadores que saem tarde do serviço ou que trabalham de madrugada. “É inadmissível. Eu pego os ônibus do São Benedito e sempre tenho que pegar Uber depois das 23h, porque é triste, viu?”.

A leitora Cristiane Aparecida (cristiane_nastacia), de Ribeirão das Neves, traz uma outra perspectiva: a dos passageiros que voltam para casa no fim da madrugada, e que também não possuem ônibus para os bairros. “Eu chego em Neves às 4h30 e fico até às 5h20 esperando o Rosaneves para ir pro bairro. Antes tinha 4h30 e 4h50, agora não tem mais. Fico esperando para ir embora para casa”.

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Reportagens publicadas

Os comentários dos leitores foram feitos após uma reportagem especial do Estado de Minas revelar como o corte de viagens em ônibus do Transporte Estadual Metropolitano (Trem) à noite tem submetido passageiros a sofrimento e humilhação ao fim de um dia de atividades. Confira abaixo as matérias deste especial:

Parte 1: O último "Trem" da noite: a luta da volta para casa em cidades da Grande BH

Parte 2: O que são as "viagens fantasmas" que ameaçam a volta para casa na Grande BH

Parte 3: Queda de demanda e redução de ônibus alimentam risco de colapso no "Trem"

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