A ventania que atingiu Belo Horizonte na madrugada desta segunda-feira (20/10) chegou a registrar ventos de 84,6 km/h, às 3h, na estação Cercadinho, na Região Oeste, levando a queda de pelo menos oito árvores, segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG). Situações como essa, que causam transtornos e colocam a segurança da população em xeque, levantam uma dúvida comum: como saber se uma árvore perto de casa ou do trabalho também pode cair?

Com as mudanças climáticas e a ocorrência de chuvas e ventos cada vez mais intensos, a atenção precisa ser redobrada. No entanto, muitos sinais de que uma árvore está doente ou instável podem ser identificados visualmente, permitindo uma ação preventiva antes que um acidente aconteça.

Entender esses indicativos é o primeiro passo para garantir a segurança de todos. A responsabilidade pela avaliação e manejo da vegetação em áreas públicas é da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), mas o cidadão tem um papel fundamental ao comunicar os possíveis perigos.

Sinais de que uma árvore oferece risco

Observar as árvores ao seu redor com um olhar mais atento pode fazer toda a diferença. Alguns sinais são claros e indicam a necessidade de uma avaliação técnica especializada. Fique atento aos seguintes pontos:

  • Inclinação acentuada: árvores que se inclinam de forma repentina ou que apresentam uma inclinação superior a 45 graus podem ter as raízes comprometidas. Se houver elevação do solo no lado oposto à inclinação, o perigo é iminente.

  • Galhos secos e mortos: a presença de muitos galhos sem folhas, quebradiços ou com a casca soltando na copa da árvore é um sinal de que ela pode estar doente ou morrendo.

  • Rachaduras e buracos no tronco: fissuras profundas, cavidades ou áreas com madeira em decomposição (ocos) enfraquecem a estrutura da árvore, tornando-a mais suscetível a quedas.

  • Presença de fungos ou cupins: o aparecimento de cogumelos na base do tronco ou a identificação de serragem indicam atividade de fungos ou cupins, que se alimentam da madeira e comprometem a sustentação da planta.

  • Raízes expostas ou danificadas: obras no entorno, como reparos em calçadas ou asfalto, podem danificar as raízes e desestabilizar a árvore, mesmo que os danos não sejam visíveis no tronco ou na copa.

Como solicitar a poda ou corte em BH

Ao identificar um ou mais desses sinais, o cidadão não deve tentar resolver o problema por conta própria. Além de crime ambiental, a prática pode colocar a própria pessoa em risco assim como quem passa pela região, além da rede elétrica local.

A orientação é acionar a prefeitura, que enviará uma equipe técnica para analisar a situação. Veja o passo a passo para fazer a solicitação corretamente:

  1. Abra um protocolo: o primeiro passo é registrar a solicitação nos canais oficiais. Isso pode ser feito pelo aplicativo PBH APP, pelo portal de serviços da prefeitura ou pelo telefone 156.

  2. Descreva a situação em detalhes: no momento do pedido, informe o endereço exato da árvore e descreva com o máximo de detalhes os sinais de risco que você observou.

  3. Anexe fotos, se possível: imagens que mostram a inclinação, os galhos secos, as rachaduras ou a presença de fungos ajudam os técnicos a priorizar e avaliar o caso com mais agilidade.

  4. Aguarde a vistoria técnica: após o registro, uma equipe especializada fará uma avaliação no local para definir qual a melhor solução, que pode ser a poda de galhos, um tratamento ou, em casos mais graves, o corte da árvore.

  5. Acompanhe o andamento: guarde o número de protocolo para consultar o status da sua solicitação pelos mesmos canais em que o pedido foi aberto.

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A PBH também alerta que a população não deposite lixo ou outras substâncias no entorno da árvore pois podem contaminar o solo e ocasionar doenças e a morte das plantas. A área próxima ao tronco também não deve ser concretada ou cimentada para não matar as raízes.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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