Campanha de multivacinação em BH começa nesta segunda-feira (6/10)
Mobilização, organizada pela prefeitura, vai até o dia 31 de outubro em todos os 153 centros de saúde do município e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante
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A Campanha de Multivacinação para manter crianças e adolescentes menores de 15 anos protegidos contra doenças imunopreveníveis será iniciada nesta segunda-feira (6/10) pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). As doses serão aplicadas em todos os 153 centros de saúde e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante até 31 de outubro.
Os imunizantes que serão disponibilizados à população fazem parte do calendário de vacinação do SUS. Os imunizantes protegem contra rotavírus, poliomielite, meningocócica ACWY, pneumocócica 10, hepatites A e B, Papilomavírus Humano (HPV), pentavalente, febre amarela, dengue, tríplice viral e gripe.
As doses serão aplicadas após a avaliação da situação vacinal de cada criança e adolescente, seguindo as indicações específicas por faixa etária. Por isso, pais, mães ou responsáveis legais precisarão estar presentes no momento da aplicação portando a caderneta de vacinação. Também será necessário apresentar documento de identificação com foto e CPF.
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Já as vacinas contra COVID-19 e BCG permanecerão sendo ofertadas exclusivamente em locais de referência, localizados em rodas as regiões da capital.
Todas as vacinas ofertadas na rede SUS-BH são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e repassadas a Belo Horizonte pelo governo estadual. A PBH, por sua vez, é responsável apenas pela aplicação das doses recebidas para o público-alvo.
Desafios
Diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da secretaria municipal, Paulo Roberto Lopes Corrêa acredita que a adesão popular é o maior desafio para a ampliação da cobertura vacinal na capital mineira. “Como a gente sempre foi um país que conseguiu alcançar coberturas vacinais e com isso controlar as doenças, as pessoas acham que como não têm doenças circulando, a gente não precisa mais tomar vacinas. Na verdade, é o inverso. Só conseguimos eliminar e controlar as doenças porque temos vacinado a população”, afirmou ao Estado de Minas.
O diretor ressalta que a falta de vacinação pode ocasionar na volta de doenças já controladas, como sarampo e febre amarela. O Ministério da Saúde também destacou que entre as prioridades da campanha no Brasil está o resgate de não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo.
Paulo Roberto Lopes Corrêa também afirma que as fake news são desafios a serem enfrentados para garantir a imunização de crianças e adolescentes. Ele aponta que alguns pais e responsáveis têm dúvidas sobre a importância e a eficácia das vacinas por acreditarem em informações inverídicas e sem embasamento científico.
Cenário em BH
Sobre o cenário em Belo Horizonte, o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica afirma que os índices de vacinação contra a dengue estão abaixo da meta de cobertura de 90%, estipulada pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, do público de 6 a 14 anos da capital mineira, cerca de metade tomou a primeira dose do imunizante e apenas 20% tomou a segunda dose.
Paulo Roberto também afirma que os índices relativos à vacina pentavalente, que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H, também estão aquém do esperado. Esse imunizante está no calendário vacinal de bebês com menos de 1 ano, em um esquema de três doses — aos 2, 4 e 6 meses de idade.
A vacinação contra a febre amarela também precisa aumentar na capital mineira, de acordo com o diretor. Ele afirma que somente 80% do público-alvo, bebês menores de 1 ano, tomou uma dose do imunizante. Paulo Roberto destaca que pessoas de até 59 anos que não são vacinadas contra a febre amarela também devem tomar na Campanha de Multivacinação.
No informativo do Ministério da Saúde, a pasta destacou Minas Gerais como um dos quatro estados brasileiros onde a vacinação contra a febre amarela precisa ser intensificada. São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná também estão incluídos na recomendação.
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Paulo Roberto afirma ainda que é preciso aumentar a cobertura vacinal contra Covid-19. O esquema vacinal primário da Pfizer para crianças que ainda não receberam nenhuma dose é composto por três aplicações. A vacina contra a Covid-19 também integra o calendário básico de vacinação para pessoas com 60 anos ou mais, além de grupos prioritários como imunocomprometidos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência permanente.