BEM-ESTAR ANIMAL

BH tem primeira clínica móvel para atendimento veterinário gratuito

O projeto "Bem-Estar Animal sobre Rodas" vai levar consultas, castração de cães e gatos e outros serviços para comunidades vulneráveis da capital mineira

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Para levar atendimento gratuito a pets de comunidades vulneráveis da capital mineira, a Prefeitura de Belo Horizonte lançou nesta segunda-feira (25/8) o projeto “Bem-Estar Animal sobre Rodas”. Em parceria com o Ministério Público estadual e a ONG Vida Animal Livre, o projeto vai levar a clínica móvel por toda a capital, oferecendo consultas, exames, vacinas e outros serviços. 

Na clínica móvel serão realizadas consultas com pesagem e diagnóstico, castração e vacinação de cães e gatos, aplicação de antiparasitários, exames como hemograma (com resultados em até 7 dias) e fornecimento de medicamentos.

O espaço também estará equipado com autoclave para esterilização e anestesia inalatória, garantindo segurança nos procedimentos realizados.  

O trailer vai percorrer as nove regionais de Belo Horizonte ofertando os serviços e, neste mês, vai ficar instalada na Praça Che Guevara, no Bairro Taquaril, Região Leste da capital. De acordo com o prefeito Álvaro Damião, a clínica móvel é apenas a primeira de uma frota que deve ser expandida. O veículo vai garantir atendimento a comunidades que muitas vezes não têm acesso a hospitais veterinários.  

“Essa primeira unidade vai rodar pelas regionais de Belo Horizonte, mas a intenção é que a gente possa ter mais dessas porque a cidade é muito grande, são muitos bairros e a gente quer levar mais. Essa é a primeira, é o primeiro passo, mas mostra claramente que a gente quer fazer pelos animais em Belo Horizonte”, afirma o prefeito.  

O veículo vai garantir atendimento a comunidades que muitas vezes não têm acesso a hospitais veterinários
O veículo vai garantir atendimento a comunidades que muitas vezes não têm acesso a hospitais veterinários Leandro Couri/EM/D.A. Press

Para a subsecretária de Bem-Estar Animal, Maria Clara Rêgo, o projeto atende a crescente necessidade de levar saúde para os animais de estimação das populações menos favorecidas.

“Muitas pessoas não têm condição financeira para cuidar do seu bichinho como desejam, por isso desenvolvemos este projeto em parceria com Ministério Público de Minas Gerais. É muito importante também estreitar o vínculo do tutor com seu bichinho, pois sabemos que essa relação traz muitos benefícios para o ser humano”, explicou Maria Clara.

Segundo Damião, a iniciativa foi inspirada em Maceió (AL), cidade que já aboliu a tração animal em favor das motocicletas de carga. O prefeito esteve com a Secretaria de Meio Ambiente na capital alagoana para entender o funcionamento do modelo e agora trabalham em adaptações para a realidade de BH, que apresenta desafios como ladeiras e vias de difícil acesso.  

“Não dá para a gente copiar tudo. Maceió é uma cidade plana. Então lá o elétrico funciona normalmente. Como é que eu vou fazer o elétrico aqui no Taquaril? Vocês vieram até aqui e viram a dificuldade que é para chegar por causa dos morros”, explica Damião.  

A gestão municipal avalia o uso de motonetas à combustão em algumas áreas e veículos elétricos em outras. “Estamos estudando para ver de que forma a gente vai aplicar. Onde será a motoneta combustível, onde será a motoneta elétrica”. 

Além do atendimento veterinário, a projeto vai promover a posse responsável, informações sobre alimentação, higiene, castração e vacinação, e serão distribuídas cartilhas educativas, com objetivo de reduzir doenças e abandono, incentivando o vínculo do tutor-animal e a promoção da posse responsável. 

“Na virada cultural, nós fizemos questão de ter um estande de adoção de animais. Para mostrar para o povo de Belo Horizonte que adotar animais e cuidar de animais também faz parte da cultura dos belorizontinos”, relata Damião. 

Durante a coletiva, Damião foi questionado sobre o fim da tração animal na capital previsto para 22 de janeiro de 2026. O prefeito garantiu a administração estuda formas de garantir novas oportunidades de trabalho dentro da própria prefeitura e dará prazos para que os trabalhadores obtenham habilitação para conduzir as motonetas. 

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"Nós vamos cuidar daquele que estava sentado em cima da carroça trabalhando. Nós estamos preocupados com a vida dessas pessoas, com a família dessas pessoas. Vamos conseguir fazer com que essas pessoas possam trabalhar dignamente em espaços dentro da própria prefeitura. Esse é o primeiro projeto junto com as motonetas. Aqueles que não conseguem ou não podem tirar a habilitação, nós vamos dar um prazo para que eles consigam tirar a habilitação”, afirma o prefeito.  

Os catadores também foram citados por Damião, durante a coletiva. Segundo ele, a prefeitura pretende fornecer uniformes e equipamentos adequados, além de padronizar os carrinhos de coleta, para reduzir o estigma social enfrentado por esses trabalhadores. “Não podemos mais aceitar que alguém seja confundido com marginal só porque puxa um carrinho. Ele é trabalhador”, reforçou Damião. 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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