'Por que não iluminar a Praça 7?', diz Damião sobre 'Times Square' em BH
Em encontro com empresários e comerciantes, Álvaro Damião diz que é possível preservar e prosperar e que a cidade precisa se modernizar
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O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), se posicionou a favor dos painéis de led na Praça Sete, no Centro da capital, durante evento promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) nesta sexta-feira (27/6). O encontro reuniu empresários e comerciantes no Automóvel Clube para apresentar projetos e ações para o desenvolvimento social e econômico da capital.
“Por que não podemos iluminar a Praça Sete? Alguém vai acabar com a história da Praça Sete, do Cine Brasil? Não, nunca, se depender de mim. Não vou deixar acabar com a fachada do Cine Brasil, sei da história que ele representa para a cidade, mas por que não um painel de led na lateral do (prédio) P7”, questionou o prefeito. O prédio mencionado por Damião está localizado na Rua Rio de Janeiro, de frente para a praça.
O prefeito disse que esteve em Milão, na Itália, recentemente, e na lateral da catedral de Milão há um grande painel de led. “No Centro de Belo Horizonte não podemos ter? Podemos”, afirma. Ele avalia que os italianos estão se adequando a um novo mundo e a capital deveria fazer o mesmo. “É perfeitamente possível preservar e prosperar. Conhecemos a história da nossa cidade, não vamos deixar ninguém acabar com a história da nossa cidade, mas nós temos que modernizá-la”, enfatizou.
“Temos que pensar em uma cidade moderna. A revitalização e reocupação do Centro são vitais para que tenhamos readequação dos espaços urbanos no município. Não podemos ficar parados no tempo, vendo outras capitais do Brasil crescendo e nós não avançamos. Para termos uma cidade melhor, mais próspera, desenvolvida e inclusiva, precisamos semear, plantar e realizar”, concluiu o prefeito.
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Modernização x preservação
A lei que permite a instalação de painéis de led na Praça Sete, nos moldes da Time Square, em Nova York, nos Estados Unidos, entrou em vigor em março deste ano. A proposta divide opiniões entre os que consideram a mudança uma modernização do espaço e os que se preocupam com a preservação do patrimônio histórico de BH.
Segundo documento publicado no Diário Oficial do Município (DOM), a área de promoção visa modernizar a imagem do local “de modo harmônico com o processo histórico de ocupação da região”.
Os painéis deverão ter altura entre 3 metros e 40 metros e espessura máxima de 1,70 metro. Não há nenhuma menção à largura máxima das peças, mas é determinado que elas não poderão ocupar área superior a 30% da fachada.
Eles serão instalados nas esquinas da Avenida Amazonas com Rua Rio de Janeiro, em ambos os lados da Avenida Afonso Pena; da Amazonas com Rua dos Carijós, em ambos os lados da Afonso Pena; da Afonso Pena com Rua Rio de Janeiro, em ambos os lados da Amazonas; e da Afonso Pena com Carijós, em ambos os lados da Amazonas.
Em junho, as regras para o licenciamento de painéis publicitários foram publicadas no Diário Oficial do Município (DOM). Segundo o decreto, o pedido de licenciamento deve ser feito pelos condomínios das edificações onde os painéis serão instalados, junto à Secretaria Municipal de Política Urbana (SMPU). Para obter a autorização, os responsáveis deverão apresentar a documentação indicada no Portal de Serviços da Prefeitura de BH (PBH), além da aprovação prévia do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.
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Caso o imóvel esteja situado em área tombada ou protegida, será necessária anuência do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).