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FOLIA COM POLÊMICA

Carnaval BH: Prefeitura nega privilégio a cervejaria durante fiscalizações

Ambulantes dizem que estão sendo impedidos de vender bebidas que não sejam da Ambev, mesmo fora das vias patrocinadas; Executivo contesta

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Os vendedores ambulantes que estão trabalhando no carnaval de Belo Horizonte alegam estar enfrentando dificuldades em relação à fiscalização da prefeitura para comercialização de bebidas alcoólicas, mesmo fora das vias patrocinadas pela Ambev que possuem restrições com outras marcas. Além dos vendedores narrarem abordagens desrespeitosas e supostas ameaças, fabricantes de gelo afirmam que foram impedidos de comercializar o produto para os ambulantes.

A representante de vendas da fábrica Rei Do Gelo, Aryane Diniz, acusa a PBH de ter proibido a venda de gelo durante a folia. “A Ambev quer tomar conta de tudo. Nós vendemos gelo todos os dias e hoje proibiram todas as fábricas de venderem para os ambulantes. Ninguém pode vender nada. Ano que vem se não vender gelo não tem carnaval”, disse.

A insegurança dos ambulantes em relação ao contrato de patrocínio com a marca de bebidas e o Executivo para o carnaval tem gerado discussões entre a classe. “Fui abordada por um fiscal da prefeitura informando que não é permitido a venda da Heineken em nenhum lugar em BH durante o carnaval. Eu até mostrei o mapa onde era área exclusiva da Ambev e, no meu caso, eu estava fora. Mas mesmo assim pediram para retirar a mercadoria, caso contrário seria apreendida”, contou uma vendedora que não quis se identificar.

“Disseram que eu entendi errado, que as vias são para os bares e nós não podemos em lugar nenhum”, endossou outro ambulante que comercializava produtos no Buritis, em uma via fora do circuito de patrocínio da PBH.

“Estávamos na Fernandes Tourinho, que está fora do patrocínio da Brahma e, mesmo assim, quando o bloco se despediu, o som nem foi desligado e os fiscais de coletes azul mandaram fechar a caixa. Eles reviram tudo”, contou outro vendedor.

“Estamos trabalhando sol a sol, correndo atrás do pão de cada dia, e somos tratados com muito desrespeito. Todo ano a mesma coisa, não mudam o modo de tratamento com os ambulantes”, completou.

“Quando eles veem Heineken, mesmo fora das ruas estabelecidas, eles revistam a caixa. Ou a gente tira da caixa ou tem a mercadoria apreendida”, afirmou outra ambulante que, temendo retaliação, também não se identificou.

A Prefeitura de Belo Horizonte foi procurada pela reportagem. Em nota, o Executivo informou que de sexta-feira (28/2) até domingo (2/3), 2.368 abordagens orientativas foram realizadas pelos fiscais.

“Em relação aos ambulantes, não houve nenhuma apreensão de bebidas. Como a venda de bebidas de vidro e fracionada estão proibidas pelos ambulantes credenciados em qualquer ambiente, independente se vias exclusivas de patrocínio ou não, os fiscais podem conferir se há alguma irregularidade nas caixas de isopor”, declarou.

A Prefeitura ainda negou que teria proibido a venda de gelo das fábricas para os ambulantes.


“A comercialização pode ser realizada por estabelecimentos devidamente licenciados, como bares e similares. Esclarecemos que food trucks também precisam de licenciamento para a venda de bebidas e alimentos. O comércio de gelo em caminhões e outros tipos de veículos sem autorização é proibido, conforme o Código de Posturas do Município”, completou.

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