
Pai e madrasta suspeitos de matar criança de 2 anos em BH vão a julgamento
O homem foi detido por omissão de socorro e ela como responsável pelas agressões. O crime aconteceu em janeiro de 2023
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Siga noO pai e a madrasta de Ian Henrique Almeida Cunha, acusados de matar o menino de 2 anos em 2023, serão julgados no Tribunal do Júri de Belo Horizonte nesta terça-feira (10/12). Na época do crime, os dois foram presos em flagrante. O homem foi detido por omissão de socorro e ela, como responsável pelas agressões.
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Ian morreu no dia 10 de janeiro de 2023 em decorrência de um traumatismo craniano provocado por ''instrumento contundente'' no Hospital do Pronto Socorro João XXIII, na Região Centro-Sul da capital mineira, onde estava internado desde o dia 8 daquele mês.
O crime aconteceu na casa do pai de Ian, no Bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte. Ele teria saído para trabalhar e deixado o bebê com a namorada e filha dela, de 4 anos na época.
De acordo com a denúncia realizada pela Ministério Público de Minas Gerais, no período entre a noite do dia 7 de janeiro e a madrugada do dia seguinte, a suspeita “agindo com dolo homicida, com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel, matou a vítima Ian Henrique”. A madrasta teria mantido o bebê em completa agonia e sofrimento por horas dentro da casa.
Ainda segundo a denúncia do MPMG, o pai da criança é réu no crime por ter tido ciência dos graves ferimentos de Ian no início da madrugada, mas só ter levado o bebê para o hospital no fim da madrugada, o que teria impedido “com essa demora, que a criança recebesse tempestivo e eficaz tratamento médico, razão pela qual a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.” Além disso, na condição de pai, tinha o dever legal de proteção, cuidado e vigilância do menino.
O caso
O pai, ao chegar em casa do trabalho de madrugada, teria encontrado Ian desacordado no sofá com ferimentos na cabeça, com as pernas tortas e sem conseguir abrir os olhos, de acordo com relatos dados a ele no interrogatório policial. Ele confrontou a namorada sobre o estado do filho. Ela, por sua vez, teria dito que o menino poderia ter sido agredido por sua filha de 4 anos. Além disso, disse que no dia 7 de janeiro, na hora do almoço, Ian teria escorregado na cozinha e batido a cabeça, mas que ela teria dado um medicamento e o menino ficado bem.
Às investigações, o homem disse que acredita que a filha da namorada agrediu Ian com o gesso que tinha nos dois pés. Além disso, afirmou que o filho nunca havia reclamado de qualquer agressão por parte da madrasta, mas que ela tinha ciúmes da genitora de Ian.
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Segundo o pai de Ian, após questionar a mulher do que havia acontecido, ele levou o bebê ao Hospital Risoleta Neves. No hospital, foi constatado que o menino tinha uma lesão na cabeça e escoriações no queixo. Durante o atendimento, Ian teve duas paradas cardíacas e foi necessário, para tentar salvá-lo, a transferência para o Pronto Socorro. Os médicos relataram, ainda, que a criança estava com as mãos tortas e as pernas duras.