
MG emite alerta após confirmação de caso de sarampo em BH; entenda a doença
Paciente é um adolescente de 17 anos que recentemente esteve na Inglaterra. Unidades de saúde estão em alerta para possíveis novas contaminações
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Siga noA Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais emitiu um alerta para todas as unidades de saúde da rede SUS de Belo Horizonte para casos de confirmação de contaminação por sarampo. A medida foi tomada depois que a Fundação Ezequiel Dias (Funed) apresentou um resultado positivo para a doença na capital mineira. O paciente é um adolescente de 17 anos que esteve recentemente na Inglaterra. Por isso, os órgãos de saúde estão tratando o caso como uma contaminação importada, não tendo ligação com possível circulação do vírus no estado.
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De acordo com a pasta, a primeira notificação de suspeita da doença foi recebida pela Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, na Região Metropolitana de BH, em 8 de agosto deste ano. Na época, o adolescente foi atendido em um hospital da Unimed, onde foi feita a coleta e o exame de sorologia, por meio de amostra de secreção respiratória - semelhante ao exame para detecção da COVID-19.
O paciente mora em Belo Horizonte e voltou para o Brasil no final de julho. Ainda conforme o governo de Minas Gerais, o retorno aconteceu um dia antes do início dos sintomas: tosse, dor de cabeça e no corpo. Em 4 de agosto, ele manifestou erupções na pele.
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A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte informou que o jovem estava com o esquema vacinal completo. Mesmo assim, equipes de saúde também avaliaram a imunização das pessoas que moram com o paciente e de alunos e funcionários da escola em que está matriculado.
Medidas de contenção
Para conter e monitorar possíveis novas contaminações pela doença, a Secretaria de Estado de Saúde em conjunto com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde - estadual, de BH e rastreamento de contatos e vacinação de bloqueio. Além disso, conforme a Prefeitura de BH, todos os passageiros do mesmo voo em que o adolescente esteve estão sendo monitorados.
O Cievs Minas também enviou alerta epidemiológico a todas as unidades regionais de saúde do estado reforçando a recomendação que mantenham os municípios em alerta para casos suspeitos.
Minas Gerais não registra casos de transmissão de sarampo no estado desde o ano de 2020. Na época, de acordo com a SES-MG, foram confirmados 22 pacientes, sendo que um deles foi na capital. Atualmente, a cobertura vacinal, em BH, para a primeira dose da vacina contra o sarampo está acima de 95%. Já para a segunda dose, 76% do público se vacinou.
Saiba mais sobre o sarampo
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível e extremamente contagiosa. O agente etiológico é o RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae, sendo o ser humano o único reservatório.
O período de incubação do vírus pode variar entre sete e 21 dias, desde a data da exposição até o aparecimento do exantema. O período de transmissão inicia-se seis dias antes do exantema e dura até quatro dias após seu aparecimento.
A transmissão ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. De um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis ao vírus do sarampo. A vacinação é a medida mais eficaz de prevenção, de controle e de eliminação da doença, juntamente com boas práticas de higiene e uso de máscaras. Atualmente o esquema na rotina é:
- De 1 a 29 anos - duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela;
- De 30 a 59 anos - uma dose da vacina tríplice viral, se não vacinado anteriormente;
- Trabalhadores da saúde – duas doses da vacina tríplice viral independentemente da idade. Com intervalo de 30 dias entre as doses.
Em caso de suspeita de sarampo, deve-se evitar que o paciente frequente locais com grande concentração de pessoas (escolas, creches, trabalho, comércio, eventos de massa, entre outros) por até quatro dias após o início do exantema, para minimizar o risco de dispersão do vírus.