Parentes e amigos protestaram pedindo por justiça em 14 de fevereiro de 2023, em Dores do Indaiá -  (crédito: Jornal Visão)

Parentes e amigos protestaram pedindo por justiça em 14 de fevereiro de 2023, em Dores do Indaiá

crédito: Jornal Visão

Após um ano e quatro meses de prisão, a mulher suspeita de envolvimento na morte do caseiro da fazenda da família em Dores do Indaiá, região Centro-Oeste de Minas Gerais, foi absolvida pela Justiça nesta quarta-feira (3/4). Ela foi detida em fevereiro de 2023 pela morte de Geovan Pereira da Silva, que foi encontrado nas proximidades de sua propriedade com amarras pelo corpo, com o pênis decepado e queimado.

 

A decisão foi tomada pelo tribunal do júri da Comarca de Dores do Indaiá, na primeira instância. Ainda cabe recurso.  

 

O advogado de defesa da acusada, Sérgio Leonardo, informou que no dia do crime, em 31 de janeiro de 2023, Geovan estava prestando serviços como caseiro na propriedade da mulher e teria a chamado para tomar um café. O homem trabalhava para a família há cerca de 30 anos e acusou-a de ter matado o próprio pai. Neste momento, os dois teriam começado a discutir e partiram para um confronto físico.

 

O caseiro estava armado e deu um tiro nas costas da proprietária do local. Em seguida, ele teria pegado um pedaço de madeira e a espancado até que ela caísse. A mulher, que portava uma estrutura de ferro, fingiu de morta para que ele fosse embora. Ela acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) no dia do crime, uma hora antes do corpo de Geovan ser encontrado.

 

De acordo com a defesa da mulher, a denúncia do Ministério Público alegava que, depois do conflito, ela teria ido atrás do caseiro em outra propriedade e cometido o crime. A acusada teria então amarrado o homem, jogado gasolina e cortado o pênis de Geovan, colocando fogo no órgão.

 

 

“A morte posterior dele ocorreu em outra fazenda. Não havia vestígio da presença dela, rastro de pegada, rastro de carro, nem impressão digital em nada. Não havia provas de que ela tenha estado na cena do crime”, argumentou Sérgio Leonardo. 

 

 

O advogado ainda explicou que, segundo as investigações, o crime teria acontecido entre 6h04 e 9h da manhã. Neste horário, a acusada estava em deslocamento e recebendo atendimento na Santa Casa de Dores do Indaiá. Ela realizou ligações e chamadas telefônicas neste intervalo.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa