Zé Pereira Clube dos Lacaios se apresenta na Praça Tiradentes há mais de 100 anos -  (crédito: Divulgação/ arquivo pessoal)

Zé Pereira Clube dos Lacaios se apresenta na Praça Tiradentes há mais de 100 anos

crédito: Divulgação/ arquivo pessoal

A um mês do Carnaval ainda é incerto se haverá os tradicionais eventos na Praça Tiradentes, considerada o coração da cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. O Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) ainda analisa a proposta enviada pela prefeitura de Ouro Preto que, neste ano, apresentou uma estrutura menor comparada aos anos anteriores com o objetivo de obter aprovação.

De acordo com o secretário de cultura e Turismo de Ouro Preto, Flávio Malta, a reunião entre o IPHAN e a prefeitura aconteceu nessa terça-feira (9/1).

O secretário informou que a prefeitura aumentou o número de banheiros químicos e serão criados novos postos de pronto atendimento e um ponto de achados e perdidos.



“Foram feitas pelo IPHAN algumas solicitações de adequações ao projeto e a prefeitura apresentou, na reunião, essas adequações, agora a prefeitura segue aguardando a análise e aprovação do órgão”.

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Segundo a prefeitura de Ouro Preto, o Carnaval na cidade acontece de forma descentralizada com palcos em outras localidades no centro histórico e R$ 450 mil já foram liberados para a realização da festa.

Porém, eventos que ocorrem tradicionalmente na Praça Tiradentes, como a escolha dos integrantes da Corte Momesca, em que recebe uma estrutura de palco no local, não estão certos se vão acontecer.

“Além da escolha da Corte Momesca, a praça recebe o desfile das escolas de samba, dos blocos caricatos como o centenário Zé Pereira, Clube dos Lacaios, Sanatório Geral e Liga pra Rádio. Uma dessas apresentações sempre aconteceu na Praça Tiradentes há mais de 150 anos”.

Os embargos começaram acontecer após um evento de grande porte na praça Tiradentes ser cancelado em setembro de 2023 por determinação da Justiça Federal por falta de aprovação prévia do IPHAN.

O pedido de cancelamento foi devido ao risco de incêndio no principal cartão postal da cidade.
Em julho do mesmo ano, durante o Festival de Inverno, foi registrado um curto-circuito no Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, e por isso, desde então, a Justiça Federal suspendeu os eventos no local.