Finanças

Como traders podem lucrar com o petróleo na guerra tarifária EUA-China

Escalada nas tarifas entre EUA e China pressiona o Brent e cria volatilidade nos CFDs de petróleo; veja estratégias para operar com segurança no cenário atual

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A guerra comercial entre Estados Unidos e China, reacendida em 2025 com tarifas bilionárias, não apenas redesenhou o comércio global, mas também desestabilizou um dos mercados mais sensíveis do planeta: o petróleo.

Enquanto os preços do Brent oscilam entre US$ 60 e US$ 70,  patamares não vistos desde a pandemia de 2020, traders de Contracts for Difference (CFDs) enfrentam um cenário de volatilidade extrema, oportunidades fugazes e riscos sistêmicos. 

Este artigo analisa os mecanismos por trás dessa crise, seu impacto nos CFDs de petróleo e estratégias para navegar nesse ambiente turbulento.

O efeito dominó das tarifas no mercado petrolífero

A decisão de Donald Trump de elevar tarifas sobre produtos chineses para 245% em abril de 2025, somando-se aos 20% já vigentes,  não apenas tensionou relações diplomáticas, mas também acionou um ciclo de retroalimentação econômica.

A China, maior importadora global de petróleo, pode ver sua demanda enfraquecida diante da desaceleração industrial causada pelas retaliações. Com o PIB chinês projetado para crescer abaixo da média histórica, o consumo de combustíveis líquidos no país recuou, o que tende a impactar diretamente o preço do Brent.

Paralelamente, a incerteza geopolítica reduziu investimentos em infraestrutura energética global. Projetos de exploração no Mar do Sul da China e no Ártico russo foram suspensos, enquanto a OPEP+ — liderada por Arábia Saudita e Rússia — surpreendeu os mercados ao anunciar um aumento na produção diária de barris a partir de maio, buscando compensar eventuais interrupções no fornecimento.

Essa combinação de demanda enfraquecida e oferta ampliada derrubou o Brent para US$ 58,40 em abril, o menor valor em quatro anos. Para traders de CFDs, a volatilidade tornou-se uma aliada. Recentemente, o contrato do WTI chegou a registrar fortes quedas em um único dia, reflexo direto do temor de recessão global alimentado pela guerra comercial.

CFDs de petróleo: oportunidades e armadilhas em um cenário de guerra

Os CFDs permitem especular sobre oscilações de preços sem a posse do ativo físico, uma vantagem em mercados voláteis. No entanto, a alavancagem — comumente oferecida em proporções como 1:10 ou 1:30 — amplia tanto os ganhos quanto as perdas. Em abril, apostas em uma recuperação rápida do Brent após a queda para US$ 60 se mostraram acertadas, impulsionadas por anúncios de investimentos dos EUA em reindustrialização.

Dois fatores críticos influenciam os CFDs de petróleo atualmente. O primeiro é a crescente relevância da geopolítica. Ataques a oleodutos russos, como o ocorrido no Cazaquistão em fevereiro — que interrompeu 30% do fluxo por dois meses —, criam picos de alta, enquanto avanços nas negociações de paz na Ucrânia pressionam os preços para baixo.

Além disso, intervenções monetárias do Federal Reserve (Fed) e do Banco Popular da China (PBOC) ajustam taxas de juros para estabilizar moedas, impactando o custo do petróleo, que é precificado em dólar. Um dólar mais forte reduz a demanda global, já que importadores pagam mais em suas moedas locais.

Estratégias para traders em meio à turbulência

A regra de ouro é limitar a exposição a 1% ou 2% do capital por operação. Ordens stop-loss automatizadas são essenciais. Os traders podem utilizar ferramentas que oferecem ordens de compra quando o índice oil cfd cai para índices mínimos. Ou ordens de venda quando o mesmo índice alcança máximas históricas.

Além dos tradicionais relatórios de estoques da EIA (EUA) e da OPEP, é fundamental acompanhar os dados de inflação. Pressões inflacionárias podem levar bancos centrais a elevar juros, fortalecendo o dólar e deprimindo os preços do petróleo.

Indicadores como a queda nas importações de soja e minério de ferro também sinalizam desaceleração industrial, antecipando menor demanda por combustíveis.

Enquanto o Brent — referência global — é sensível a crises no Oriente Médio, o WTI — índice americano — responde mais às políticas internas dos EUA. 

Apesar da guerra comercial, o verão no Hemisfério Norte deve elevar a demanda por gasolina, abrindo janelas de recuperação. A consultoria Rystad Energy projeta alta de até 12% no Brent entre junho e agosto, impulsionada pelo turismo e transporte.

O futuro do mercado é de quem se adapta

Operar CFDs de petróleo em 2025 exige mais do que análise técnica: é um verdadeiro xadrez geopolítico. A guerra comercial EUA-China, somada à volatilidade na produção da OPEP+ e a crises logísticas, configura um cenário em que notícias são tão determinantes quanto gráficos.

Traders bem-sucedidos utilizam plataformas com dados em tempo real para antecipar movimentos, mantêm exposição limitada, evitam alavancagem excessiva durante anúncios tarifários e diversificam entre ativos, incluindo gás natural e energias renováveis em seus portfólios.

Enquanto o petróleo seguir no centro da economia global, crises como a de 2025 representarão tanto alertas quanto oportunidades. A diferença entre lucro e prejuízo estará na capacidade de interpretar não apenas o mercado, mas também as manchetes.



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