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Golpe do Labubu: bonecos colecionáveis viram isca em fraudes online

Páginas maliciosas com preços baixos e melhores condições de entrega podem enganar quem quer entrar na febre. Saiba como se proteger

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Com aparência “feio-fofo” e popularidade impulsionada por celebridades como Virginia e Kim Kardashian, os bonecos Labubu se tornaram uma verdadeira febre entre colecionadores. Mas o sucesso dos brinquedos também chamou a atenção de golpistas: criminosos estão usando sites falsos para aplicar fraudes, se aproveitando da alta demanda e da empolgação dos consumidores.

Os monstrinhos não são oficialmente vendidos no Brasil. Por isso, os interessados devem importar o produto. Existem algumas opções em plataformas de marketplace, com possibilidade de compra do fabricante oficial. 

No entanto, páginas com design profissional e linguagem envolvente oferecem os Labubu por valores até 90% abaixo do mercado. Em um dos casos identificados pela empresa de cibersegurança Kaspersky, o brinquedo era anunciado por apenas R$ 47,90, com promessa de entrega rápida. Em lojas confiáveis, os preços variam entre R$ 140 e R$ 1.500, e versões raras já foram vendidas por até US$ 3 mil (cerca de R$ 16 mil).

Mas a oferta não era real: o site foi criado para roubar dados bancários e informações pessoais dos consumidores. Segundo relatório da e Kaspersky, a fraude não se restringe ao Brasil. Páginas semelhantes, em idiomas como francês, espanhol e húngaro também foram detectadas, imitando a fabricante oficial, Pop Mart. A estratégia explora técnicas de engenharia social, como selos de autenticidade falsos, contagens regressivas e alertas de “últimas unidades disponíveis”.

Os bonecos Labubu são comercializados no sistema “blind box”, em que o cliente não sabe qual modelo irá receber. Isso gera um sentimento de ansiedade e impulsiona as compras — fator explorado por criminosos.

Para o especialista em segurança digital Rogério Athayde, da empresa Keeggo, a combinação de escassez, desejo e urgência favorece o ambiente perfeito para fraudes. “Golpistas estão cada vez mais sofisticados. O consumidor precisa se proteger usando antivírus, autenticação em dois fatores e evitando clicar em links suspeitos”, explica.

Athayde reforça que, hoje, o conhecimento básico em segurança digital é indispensável. “A emoção de completar uma coleção pode se transformar em risco. Saber identificar golpes é uma habilidade essencial para qualquer pessoa que navega na internet”, alerta.

Golpes crescem mais de 100 por dia

O risco não é uma exclusividade de quem quer um Labubu. De acordo com a Redbelt Security, consultoria especializada em segurança da informação, mais de 1.200 sites fraudulentos foram criados desde outubro de 2024, com uma média de 107 novas páginas falsas por dia.

Os dados refletem uma tendência mais ampla. Segundo o Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, o Brasil é o país da América Latina mais visado por ataques cibernéticos, com mais de 25 mil incidentes registrados em serviços de tecnologia.

Já levantamento da Serasa Experian aponta que 42% dos brasileiros já foram vítimas de golpes digitais, e 54% sofreram algum prejuízo financeiro.

Como se proteger de golpes com Labubu (e outros produtos):

  • Verifique a URL do site: erros sutis na grafia do domínio são comuns em páginas falsas;
  • Cheque se o site usa HTTPS: o cadeado ao lado do endereço indica conexão segura;
  • Pesquise a reputação da loja: sites como Reclame Aqui ajudam a avaliar experiências de outros usuários;
  • Desconfie de promoções irreais: preços muito abaixo do mercado são iscas comuns;
  • Evite links de redes sociais ou mensagens privadas: acesse o site diretamente, digitando o endereço no navegador;
  • Use autenticação em dois fatores e mantenha o antivírus atualizado.

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Se você foi vítima de um golpe, denuncie o site ao Procon, à plataforma de hospedagem (como Wix ou Shopify) e à fabricante oficial Pop Mart. É possível também registrar a ocorrência na delegacia virtual e informar seu banco sobre possíveis fraudes.

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