Filme "Amarela", de André Hayato Saito, concorre a uma vaga ao Oscar 2026 - (crédito: Mymma Enterteinment/Divulgação)
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Fernanda Takai estava voltando do aeroporto de Confins quando ficou sabendo da inclusão de “Amarela” na shortlist de Curtas de Ficção, divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood nesta terça-feira (16/12). A cantora e compositora é produtora associada do filme de André Saito.
Na história, baseada na trajetória do diretor, Erika Oguihara (Melissa Uehara) é uma adolescente nipo-brasileira que está ansiosa pela final da Copa do Mundo de 1998 entre Brasil e França. Ainda que não se veja nas tradições japonesas dentro de casa, ela percebe que é considerada estrangeira em seu país.
Fernanda já conhecia Saito, pois ele foi um dos diretores do clipe de “You and me and the bright blue sky”, canção do álbum “Na medida do impossível” (2014). “Amarela” foi rodado em julho de 2023. “É um filme que tem muito ator. É um curta, mas parece um longa de tanta coisa que acontece”, comenta.
A produção do filme estava meio parada por falta de verba. Saito entrou em contato com Fernanda pedindo ajuda. “Ele estava desesperado. A mulher dele (Tatiana Wan, corroteirista) estava grávida e ele me disse que se não rodasse o filme na época, ia embolar tudo. Me mandou o material para ver se eu conseguia alguma empresa para patrocinar em Minas, já que em São Paulo ele já tinha meio que esgotado as possibilidades.”
Por trás das câmeras, Moura vive um relacionamento discreto com a fotógrafa Sandra Delgado desde 2001. Eles têm três filhos.
Reprodução/Instagram
Ao longo da carreira, Moura colecionou prêmios importantes, como o Guarani do Cinema Brasileiro de Melhor Ator por "Tropa de Elite" (2007) e "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro" (2010). Além da carreira como ator, Wagner Moura também é músico e vocalista da banda de rock "Sua Mãe".
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Moura seguiu com papéis de destaque em produções internacionais, como a série "Iluminadas" (2022), com a atriz Elizabeth Moss, e o filme "O Agente Oculto" (2022), com os astros Ryan Gosling ("Barbie") e Chris Evans ("Capitão América").
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Moura também começou a se destacar como cineasta. Em 2021, ele dirigiu seu primeiro longa-metragem, "Marighella". Um filme biográfico sobre o guerrilheiro Carlos Marighella, que recebeu aclamação da crítica e consolidou sua versatilidade artística.
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Em 2015, Wagner Moura estrelou mais uma produção de grande repercussão internacional: a série "Narcos", que teve três temporadas. Na trama, ele interpreta o colombiano Pablo Escobar, um dos mais poderosos e temidos chefes do tráfico de drogas da história.
Reprodução/Netflix
Em 2013, Moura atuou ao lado dos astros de Hollywood Matt Damon e Jodie Foster no filme de ficção científica "Elysium", que teve avaliações razoáveis da crítica.
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Wagner Moura também atuou em novelas, como "A Lua Me Disse" (2005) e "Paraíso Tropical" (2007), e na minissérie "JK" (2006), baseada na vida do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek.
Reprodução TV Globo
Os dois filmes foram aclamados internacionalmente por sua representação realista da violência urbana e corrupção no Brasil.
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Em 2007, o ator brasileiro ganhou uma projeção ainda maior com o lançamento do sucesso "Tropa de Elite", do diretor José Padilha, no qual interpreta o icônico Capitão Nascimento. O sucesso se repetiu em 2010, com a continuação "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro".
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Em seguida, Moura emplacou papéis em vários filmes de sucesso, como "Abril Despedaçado" (2001), "Deus é Brasileiro" (2003), "Carandiru" (2003), "Ó, Paí, Ó" (2007) e "Saneamento Básico, O Filme" (2007).
Divulgação/Zeca Guimarães
No teatro, ele despontou na década de 1990, conquistando reconhecimento por atuações marcantes. Já no cinema, fez sua estreia em 2000, no longa "Sabor da Paixão", ao lado do também brasileiro Murilo Benício e da atriz espanhola Penélope Cruz.
Reprodução
Wagner Moura nasceu em Salvador, capital da Bahia, em 27 de junho de 1976. Apenas um dos grandes artistas do celeiro de talentos que é o estado da Bahia.
Flickr Zé Carlos Barretta
Premiado no último Festival de Cannes, "O Agente Secreto", novo filme de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius” e “Bacurau”), ganhou uma nova previsão de lançamento nos cinemas brasileiros, aliás: 6 de novembro. Vejamos mais sobre este incrível ator brasileiro?
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Não à toa, Moura está cotado para a disputa do Oscar, como o Flipar já mostrou. Na visão da revista "Variety", o artista é um dos potenciais indicados à estatueta em 2026 por "O Agente Secreto".
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Recentemente, aliás, Wagner Moura entrou para a história ao se tornar o primeiro sul-americano a receber o Golden Eye Award, no Festival de Zurique. A honraria reconhece sua trajetória como ator e diretor, além de destacar sua atuação em "O Agente Secreto".
Reprodução / Instagram / NYFF New York Film Festival @thenyff
Embora os vencedores nem sempre coincidam com os resultados do Oscar, a premiação costuma ser termômetro para os títulos e artistas que começam a ganhar projeção internacional. A dobradinha de Moura com o longa sinaliza a força do cinema brasileiro no circuito externo.
Reprodução / YouTube / O AGENTE SECRETO | Trailer Oficial 1
Além da conquista individual do ator, o longa "O Agente Secreto" também foi premiado na categoria de Melhor Filme Internacional, ampliando a visibilidade da produção brasileira na temporada de premiações. O anúncio foi divulgado pela própria organização nas redes sociais.
Divulgação/Victor Jucá
Quando leu o roteiro, Fernanda perguntou se ele já tinha alguém para fazer a trilha sonora. Saito disse que não e ela, empolgada, resolveu entrar no projeto como produtora associada. A trilha, assinada por Lilian Nakahodo e Dudu Tsuda (que já tocou no Pato Fu), veio por sugestão dela. “Senti exatamente o que as pessoas falam sobre cinema. Tem que ter muita gente, não é barato e, às vezes, as pessoas tentam verba de lei e é difícil as coisas saírem na mesma hora.”
Fernanda conta que toda a equipe do filme estava com a expectativa de que “Amarela” fosse pré-selecionado. “Desde Cannes (quando foi um dos 11 selecionados entre 4,4 mil inscritos para concorrer à Palma de Ouro), em todo festival em que o filme entrou ele ganhou algum prêmio. Estamos todos muito felizes, pois ‘Amarela’ foi um laboratório para um longa com os mesmos atores e uma história maior. Com essa vida que o filme está tendo desde que ficou pronto, temos exibido para várias empresas japonesas que agora estão querendo apoiar o longa”, comenta.