O sociólogo e professor Sergio Miceli Pessôa de Barros morreu hoje (12/12), em São Paulo, aos 80 anos. As informações são da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP).
Miceli foi professor titular da USP, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), e diretor-presidente da Edusp (Editora da USP). O sociólogo também era membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
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Nascido no Rio de Janeiro, em 1945, ele se formou em ciências políticas e sociais pela PUC-Rio, em 1967. Se mudou para São Paulo no ano seguinte.
Na USP, fez mestrado em sociologia, de 1968 a 1971, e doutorado, de 1973 a 1978, com dupla titulação, orientado por Lêoncio Martins Rodrigues, em São Paulo, e pelo renomado sociológo francês Pierre Bourdieu, na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris.
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Sergio Miceli foi responsável pela organização e publicação de "A economia das trocas simbólicas" uma das primeiras coletâneas de textos de Bourdieu no Brasil. Em diálogo com o francês, Miceli formulou uma nova perspectiva analítica da sociologia, desta vez contextualista e baseada no método prosopográfico, da biografia coletiva.
Tornou-se editor da Edusp na década de 1990, quando estabeleceu a Coleção de Ensaios Latino-Americanos da editora. Entre 1992 e 1995, foi diretor do Instituto de Estudos Econômicos Sociais e Políticos de São Paulo (IDESP), onde coordenou a obra coletiva "História das Ciências Sociais no Brasil", com volumes em 1989 e 1995.
Entre seus obras mais importantes estão a tese de doutorado "Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945)", referência fundamental na sociologia, além de "A elite eclesiástica brasileira" (1988), "Imagens negociadas" (1996), "Historia social de los intelectuales en América Latina" (2008) e "Cultura e sociedade: Brasil e Argentina" (2014).
