Música brasileira

Ivete Sangalo homenageia Clara Nunes e o samba neste sábado (1º/11) em BH

Estrela baiana, que traz a turnê 'Clareou' ao Mineirinho, destaca sua ligação com a mineira. Ganhou até apelido de Veveta Marechera por causa de hit Clara

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Ivete Sangalo faz tributo ao samba e à mineira Clara Nunes com o show “Ivete clareou”, que vai chegar neste sábado (1º/11) a Belo Horizonte, depois de estrear na capital paulista.

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A cantora baiana conta que escutou Clara Nunes desde sempre. Os pais, Maria Ivete e Alsus, eram fãs da mineira. “Ela faz parte da minha trilha sonora. Minha canção favorita é ‘Conto de areia’, por conta do meu apelido: Veveta Marechera. Tudo o que Clara Nunes cantou vale a pena ser ouvido”, afirma.

O Marechera vem do fato de a menininha de Juazeiro trocar as letras ao cantar o verso “É água do mar/ É maré cheia” da canção de sucesso de Clara, 'Conto de areia'.

“Ela foi a primeira cantora que me abriu os olhos. Com 3 anos, consegui cantar uma música inteira, ainda que mudando algumas palavras por conta da minha idade. Uma música de Clara. Foi fundamental a importância dela como intérprete, com a força da natureza que ela era, aquela mulher linda”, diz.

A mineira Clara Nunes, que morreu em 1983 de choque anafilático, aos 40 anos, inspirou o nome do novo projeto da baiana. “Foi uma menção poética que fiz. A primeira canção que cantei na minha vida era um samba de Clara Nunes”, reforça.

“Clareou” também traz sambas de diversos compositores e intérpretes. “Pagode, o samba duro da Bahia, samba de roda, tem tudo”, detalha Ivete.

Com cinco horas de duração, o show propõe um mergulho afetivo na história musical da estrela baiana. Com palco 360 graus montado na área externa do Mineirinho, ele abrangerá várias vertentes do samba e do pagode, com sucessos de Benito de Paula, Maria Rita, grupo Menos é Mais, Belo e Diogo Nogueira, entre outros. Convidados surpresa farão participação especial neste sábado.

Clara Nunes sorri, olhando para a câmera, com as duas mãos na cabeça
Clara Nunes derrubou o tabu de que mulher cantando samba não vende disco. Seu LP 'Claridade' bateu 4 milhões de cópias vendidas Wilton Montenegro/divulgação

Ivete “Marechera” Sangalo destaca também a relação cultural entre Minas e Bahia. “Meu Deus do céu, é a coisa mais simbiótica, mais amorosa, mais de sintonia. São dois estados que se pertencem, se amam. Eu sou prova viva disso, porque desde o começo da minha carreira, Minas foi um dos primeiros estados que abraçou a minha música e continua sendo dessa forma. É evidente a relação de amor, de compartilhamento desses sabores musicais. É uma delícia.”

Para ela, a brasilidade do samba é algo muito genuíno e único. “Tenho acesso a essa gostosura que é o samba desde criança, sempre ouvi muito. As divisões, o ritmo, as melodias, as letras, tudo isso é muito nosso, muito brasileiro. Inclusive, a música que faço hoje só foi viável pelo meu contato com o samba”, comenta.

Clara, pioneira do samba

Clara Nunes é pioneira no universo do samba. Foi a primeira cantora a vender 100 mil cópias de um LP dedicado ao gênero musical, “Alvorecer” (1974). Com “Claridade” (1975), superou 4 milhões de álbuns vendidos.

A mineira calou os defensores da “tese” de que cantora não vendia disco de samba, abrindo espaço para as mulheres.

Também abraçou publicamente a religião afro-brasileira, divulgando ritmos africanos em seu trabalho. Usou figurinos inspirados na África, foi voz importante contra o preconceito racial e em favor da valorização da cultura negra.


Presença

“Clara Nunes está presente na minha maneira de cantar, em como divido as músicas e na cadência daquilo que escolho para gravar. Também há influências dela quase imperceptíveis, inclusive para mim, mas vistas quando me assisto. Ali reside Clara Nunes, Alcione, Bethânia, Gal, Elis e Daniela, tanta coisa importante que reside em minha música. Algumas são evidentes, outras nem tanto, mas a colaboração está ali, implícita ou de forma explícita em todo o tempo”, conclui Ivete Sangalo.

“IVETE CLAREOU”


Show de Ivete Sangalo. Sábado (1º/11), às 14h, na área externa do Mineirinho (Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.000, Pampulha). Setor Arena: R$ 280 (inteira), R$ 140 (meia) e R$ 160 (ingresso solidário, mediante doação de 1kg de alimento não perecível). Open Bar: R$ 550. Vendas online na plataforma Ingresse.com. Proibida a entrada de menores de 18 anos, mesmo acompanhados de pais ou responsáveis.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

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