Festival de História de Diamantina realiza edição extra a partir de hoje
Em comemoração aos 20 anos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, evento começa nesta quarta (24/9), com o tema "A história liberta"
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Bienal, o Festival de História (FHist), em Diamantina, ganha a partir de hoje (24/9) uma edição extra, fora do calendário, para celebrar os 20 anos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O evento segue até sábado (27/9) com uma série de ações – conferências, debates e apresentações em torno do tema “A história liberta”.
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“É um tema que tem a ver com a polarização, além do momento conturbado onde se nega tudo (a história, o conhecimento, a ciência). Por causa desse gancho com a universidade, queremos mostrar o que o estudo e a pesquisa geram de conhecimento que transforma a realidade”, afirma o jornalista Américo Antunes, idealizador do FHist. Todos os encontros serão no Teatro Santa Izabel.
Da parceria com a UFVJM, veio uma parte da programação, que vai levar a público uma série de estudos realizados por docentes da instituição em torno de mineração, educação e indústria têxtil. “O festival começou em 2011, quando a universidade não tinha curso de história. Mas desde então ela tem participado conosco na curadoria de todas as edições”, completa Antunes.
Hoje com mais de 40 cursos de graduação, a universidade, além de Diamantina, tem câmpus em Teófilo Otoni, Janaúba e Unaí. A instituição foi fundada como Faculdade de Odontologia de Diamantina, em setembro de 1953, pelo então governador Juscelino Kubitschek. Em 1960, foi federalizada, ganhou outros cursos ao longo do caminho, mas, somente em setembro de 2005, se tornou uma universidade federal.
Além desse viés, o FHist vai apresentar outro, que Antunes chama contemporâneo, com encontros em torno de temas diversos. A programação ainda abrange apresentações culturais, de poesia, teatro e música.
Na sexta (26/9), às 14h, haverá debate sobre a Inteligência Artificial e a História, com Thiago Lima Nicodemo, coordenador do Arquivo Público do Estado de São Paulo e Christiano Brito, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, promove, ainda na sexta, às 19h30, a conferência “Educação para os direitos humanos e a democracia”. Já no sábado, no encerramento do festival, um tema caro aos brasileiros, em especial aos diamantinenses, estará na pauta.
Morte de JK
A morte de JK, em acidente automobilístico em 22 de agosto de 1976, na Via Dutra, na altura de Resende, no interior do Rio de Janeiro, ainda hoje gera discussões. No sábado, às 10h, haverá um debate com a advogada Lea Vidigal Medeiros, coorganizadora do livro “O assassinato de JK pela ditadura: Documentos oficiais”, e o jornalista Nilmário Miranda, ex- ministro dos Direitos Humanos.
“Hoje, a tese corrente dos laudos é de que (o acidente) foi encomendado no âmbito da Operação Condor (campanha de repressão levada a cabo pelas ditaduras do Hemisfério Sul entre as décadas de 1970 e 1980 com o apoio dos EUA). Estamos todos na expectativa de que em breve o Estado brasileiro reconheça que ele foi assassinado”, finaliza Antunes.
FESTIVAL DE HISTÓRIA (FHIST)
De hoje (24/9) a sábado (27/9), em Diamantina. Programação completa em festivaldehistoria.com.br. Entrada franca.