LUTO NA TV

Silvio Santos presidente? Apresentador se candidatou em 1989

Comunicador chegou a ter preferência de cerca de 30% dos eleitores, superando os dois primeiros colocados em intenção de voto, Collor e Lula, mas foi barrado

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Em 1989, o Brasil teria pela primeira vez eleições diretas para Presidente da República em quase 30 anos. Entre os candidatos, tentavam o pleito figurinhas carimbadas da política, como Fernando Collor de Mello, Luiz Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola e Paulo Maluf, e outros menos conhecidos como Afif Domingos e Antônio Pedreira.

Tudo corria conforme a legislação eleitoral da época. Contudo, a menos de um mês do primeiro turno, Armando Correia se dispôs a renunciar no intuito de passar sua vaga para Silvio Santos, que morreu neste sábado (17/8), aos 93 anos, ambos filiados ao Partido Municipalista Brasileiro (PMB).

A votação era em papel, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tinha começado a imprimir as cédulas com o nome de Correia. Assim, faltando duas semanas para o primeiro turno, Silvio apareceu em seu programa com a cédula na mão, dizendo: “Para votar no Silvio Santos, devem marcar no meio da cédula Correia. Não aparece meu nome na cédula, mas o candidato sou eu”.

O apresentador era o favorito. Pesquisas indicavam que ele era um dos nomes mais fortes da disputa e apontavam que a candidatura de Silvio Santos atingia preferência de cerca de 30% do eleitorado, ultrapassando os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, Collor e Lula.

No entanto, o TSE impugnou a candidatura do apresentador a pedido de Fernando Collor de Mello, que solicitou a extinção do PMB, alegando que o partido não havia comprovado convenções em nove estados. Além do pedido de Collor, o tribunal recebeu outros 18 pedidos semelhantes.

Em sentença expedida em novembro de 1989, o TSE declarou por unanimidade que o PMB não poderia indicar candidatos à presidência por “caducidade do registro provisório” e ainda levou em consideração o argumento da Procuradoria-Geral Eleitoral de que Silvio Santos era inelegível por ser dirigente de uma rede televisiva de alcance nacional e concessionária de serviço público.

Passado o imbróglio com a Justiça, Silvio desistiu da carreira política. Ao longo da década de 1990, dedicou total atenção ao SBT. E, nos anos 2000, abraçou outras áreas, fundando a Jequiti Cosméticos, em 2006, e o hotel Sofitel Jequitimar Guarujá, no ano seguinte.

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