Morgan Spurlock  -  (crédito: ANGELA WEISS / AFP)

Morgan Spurlock

crédito: ANGELA WEISS / AFP

O documentarista Morgan Spurlock morreu nessa quinta-feira (23/5) aos 53 anos. A informação foi confirmada pelo seu irmão, Craig Spurlock, nesta sexta-feira (24). O diretor é responsável pelo filme “Super Size Me”, que mostra o impacto do fast food no corpo humano. Para isso, ele passou um mês se alimentando somente de lanches do McDonald’s.  

 

A família do diretor disse em comunicado que Morgan “faleceu pacificamente, cercado por familiares e amigos em Nova York, devido a complicações de câncer”. Craig escreveu: “Foi um dia triste, quando nos despedimos de meu irmão Morgan. Morgan deu muito através de sua arte, ideias e generosidade. O mundo perdeu um verdadeiro gênio criativo e um homem especial. Estou muito orgulhoso de ter trabalhado com ele.

 

 

“Super Size Me”, de 2004, foi seu primeiro filme como diretor. Na obra, Spurlock disse que queria mostrar o efeito da alimentação de fast food em sua saúde física e mental. O filme foi indicado ao Oscar de melhor documentário e recebeu o crédito por aumentar a conscientização sobre a crise da obesidade nos EUA. Em 2017, ele gravou “Super Size Me 2: Holy Chicken!”, em que ele administra seu próprio restaurante fast food e examina as mudanças da indústria alimentícia desde o primeiro filme.

 

Morgan Spurlock nasceu nos Estados Unidos e cursou Cinema na Universidade de Nova York. Ele também dirigiu o documentário “Onde está Osama Bin Laden no mundo?”, no qual tentou rastrear o então líder fugitivo da Al Qaeda, e “One Direction: This Is Us”, um filme rodado em 3D apresentando a boyband britânica em show e nos bastidores.

 

Ele também dirigiu o “Especial do 20º aniversário dos Simpsons - em 3-D! On Ice!”, exibido em 2010, e a série FX 30 Days, exibida entre 2005 e 2008, na qual os participantes assumiam uma tarefa ou estilo de vida improvável, como um cristão devoto vivendo com uma família muçulmana, ou o episódio em que o diretor viveu com um salário mínimo.

 

 

Em 2017, Spurlock publicou uma carta aberta na qual admitia má conduta sexual e renunciava à sua produtora Warrior Poets. Ele deixou dois filhos, Laken e Kallen.