

O desabafo das mulheres no consultório ginecológico
Este artigo é um convite para que as mulheres abandonem culpas e limitações impostas pela sociedade ou pelos próprios relacionamentos
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O consultório ginecológico vai além de um espaço para exames e diagnósticos. Para muitas mulheres, é um refúgio onde se sentem acolhidas e podem finalmente expressar dores físicas, emocionais e dificuldades na intimidade. É ali que questões que permanecem silenciadas pela vergonha ou pela falta de diálogo encontram escuta e compreensão.
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O Dr. Sergimar Padovezi Miranda, renomado ginecologista de Belo Horizonte (CRM 15601), exemplifica essa abordagem acolhedora e sensível. Ele observa que dentre as queixas mais frequentes de suas pacientes incluem falta de libido, desafios em manter uma vida sexual satisfatória e dificuldades emocionais em dialogar sobre o tema com seus parceiros. “A falta de comunicação e a indisponibilidade de tempo, são barreiras significativas nos relacionamentos. Esses bloqueios afetam não apenas a intimidade, mas também o equilíbrio emocional e físico das mulheres”, afirma.
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A sexualidade feminina em dados
Uma pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP lança luz sobre uma realidade preocupante: 65% das mulheres que buscam atendimento em ambulatórios de sexualidade relatam falta de desejo sexual, enquanto 23% enfrentam anorgasmia. No Brasil, a disfunção sexual feminina atinge aproximadamente 35% da população feminina, um dado alarmante que demanda atenção.
Os fatores que contribuem para essa condição são múltiplos e interconectados:
Aspectos emocionais: estresse, baixa autoestima e traumas passados, por isso a importância da terapia.
Pressões culturais: padrões estéticos inalcançáveis e tabus sobre a sexualidade feminina. Condições fisiológicas: mudanças hormonais, doenças crônicas e a menopausa. Relacionamento: a dificuldade em manter a chama acesa do relacionamento, incluindo tempo/espaço para intimidade a dois.
Ressignificando a sexualidade
A sexualidade feminina é dinâmica e se transforma ao longo da vida, influenciada por experiências, cultura e biologia. Mudanças como a maternidade, o envelhecimento e a presença de doenças crônicas podem impactar negativamente o desejo sexual. No entanto, o autoconhecimento e uma abordagem livre de tabus permitem que a mulher ressignifique sua sexualidade, integrando-a de forma plena e saudável à sua vida. “Quando a mulher se percebe como protagonista da sua história, ela transforma a sua realidade. Cuidar de si é um ato que vai além da saúde física; é um investimento no bem-estar emocional e no equilíbrio dos seus relacionamentos, trazendo o parceiro para esse diálogo”, destaca o Dr. Sergimar.
A Importância do suporte especializado
Em São Paulo, diversas clínicas ginecológicas têm fortalecido parcerias com especialistas em sexologia clínica, uma iniciativa que vem potencializando tratamentos e oferecendo suporte emocional às pacientes. Esses profissionais desenvolvem uma terapia personalizada para cada paciente no enfrentamento de traumas e inseguranças que afetam diretamente a autoestima e os relacionamentos.
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O convite à transformação
A transformação começa no olhar que a mulher lança a si mesma. Sentir-se ouvida e respeitada é um passo essencial para resgatar o prazer e a autoconfiança. “Mulheres que se cuidam, transformam o mundo ao seu redor. A mudança começa na mentalidade e na decisão de priorizar sua saúde e bem-estar”, ressalta o Dr. Sergimar.
Este artigo é um convite para que as mulheres abandonem culpas e limitações impostas pela sociedade ou pelos próprios relacionamentos. Sua saúde e felicidade não são negociáveis. Procure ajuda profissional, confie em quem pode apoiá-la e, acima de tudo, valorize-se.
Mulher, você é forte, capaz e merece viver plenamente cada capítulo da sua vida. Comece agora. Afinal, cuidar de si é o primeiro passo para transformar o mundo ao seu redor.