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A ordem no Cruzeiro é focar no clássico contra o Atlético, manter os 100% de aproveitamento em casa e continuar entre os ponteiros do Brasileirão. Os nomes especulados, como o de Roger Guedes, não fazem e não farão parte de qualquer projeto futuro. Quem comanda o futebol do clube sabe que o investimento, daqui para a frente, será em jogadores jovens, que podem dar retorno por vários anos e que não tenham salários exorbitantes. Tudo isso, porém, se o técnico Leonardo Jardim entender que será preciso contratar, pois o Cruzeiro tem um grupo forte para esta temporada. Jogadores que não deram e não darão certo serão negociados, mas o grande problema é o alto salário. Wallace, por exemplo, ganha uma fortuna e tem um futebol bem fraco. Negociá-lo será difícil. São aprendizados que servem para que esse tipo de erro não aconteça no futuro. O futebol brasileiro está de cabeça para baixo. As pessoas falam em R$ 500 mil mensais como se fossem R$ 5. É preciso que caiamos na realidade de um país com economia em frangalhos, onde o trabalhador comum ganha mísero salário-mínimo.
O Cruzeiro trouxe um dos melhores técnicos da atualidade, por sua postura ética, conhecimento de futebol e por entender que não se pode gastar, abrir a torneira. É preciso trabalhar com responsabilidade, pois, por mais que os donos do Cruzeiro tenham muito dinheiro, ninguém vai jogar pela janela. Contratações, quando acontecerem, terão um crivo, um regime bem criterioso, e Jardim, uma mistura de técnico e manager, sabe muito bem disso. China Azul, não caia em especulação ou até mesmo em armadilhas daqueles que querem ver o Cruzeiro por baixo. Querem criar crises onde não existe, com o único objetivo de não ver o Cruzeiro lá em cima. Se há uma coisa que os donos do clube fazem é sempre dizer a verdade. Eles não escondem nada e trabalham com transparência. Se há uma negociação em curso e a imprensa descobre, tudo bem. Mas eles não gostam de mentiras, principalmente aquelas que prejudicam o clube.
O Cruzeiro vive momentos de paz, com os jogadores totalmente integrados à filosofia dos donos. Há um respeito mútuo e uma união que não existia antes. O foco, como coloquei acima, está no clássico de domingo, pois uma vitória, além de manter o Cruzeiro entre os ponteiros, deixará o rival mais embaixo. Há um respeito muito grande pelo adversário. Eu nunca fiquei em cima do muro em um clássico e sempre apontei o favorito. Neste domingo, porém, não me arrisco. Confesso que vejo 50% de chances para cada lado, mesmo o Cruzeiro vivendo um momento melhor. Claro que já fiz minha aposta na BetNacional, onde cravei Cruzeiro 2 a 0, mas isso é apenas um palpite de quem quer ver o Cabuloso ganhando mais 3 pontos. Analisando, friamente, são duas equipes muito fortes, candidatas aos títulos que vão disputar.
O Cruzeiro vive uma nova fase, depois de tanta turbulência. Dirigentes, jogadores e comissão técnica estão fechados entre eles, e não serão as especulações que vão atrapalhar essa união. O grupo está fechado, não há contratações em curso. O grupo e o time são esses que nós conhecemos e o crescimento, jogo após jogo, é nítido. O momento é de apoiar quem faz parte desse grupo. E confesso a vocês que, pelas informações que tenho, é um dos grupos mais coesos do país. Quando jogadores e comissão técnica confiam e acreditam na diretoria, tudo flui naturalmente. Foco e força para o clássico de domingo, nada vai atrapalhar esse momento mágico que Cruzeiro, diretoria, jogadores e comissão técnica estão vivendo com a China Azul. Ah, só para lembrar, o Mineirão estará lotado de azul e branco, com uma torcida que ensurdece a Pampulha. Espero que a arbitragem seja de fora e que ela não atrapalhe o espetáculo, como aconteceu no Campeonato Mineiro. O Cruzeiro quer jogar contra 11 e não contra 14, que isso fique bem claro. Não precisa de ajuda nenhuma, mas também não quer ser prejudicado. O foco está no clássico e nada vai atrapalhar o Cabuloso.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.