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Angela Mathylde
COMPORTAMENTO E SAÚDE MENTAL

Como dizer que Papai Noel não existe sem destruir a infância e ser o vilão

Papai Noel é uma ideia, símbolo do cuidado, da generosidade, da alegria de dar e receber, ntimento que passa de adulto para criança e de criança para o mundo

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Todo adulto, um dia passa pelo tenso momento de ter de explicar a uma criança: “É verdade que Papai Noel não existe?” O universo inteiro prende a respiração.

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O dilema começa: dizer a verdade e virar o Grinch da família, ou manter o encanto e correr o risco de virar um meme no futuro? Respira. A neurociência tem uma saída elegante e cheia de humanidade.

Antes de tudo: é importante entender que as crianças não “perdem” a fantasia. Elas crescem para dentro dela. Quando começam a desconfiar do bom velhinho, isso não é destruição da magia; é somente o cérebro pré-frontal mostrando “olha eu aqui, chegando com lógica”. Na verdade, é um importante marco cognitivo de autonomia. Ou seja: descobrir que Papai Noel não existe também é desenvolvimento.

Contudo, existe um jeito gentil — e responsável — de responder.

A verdade que funciona é simples: Papai Noel não é uma pessoa. É uma ideia. É o símbolo do cuidado, da generosidade, da alegria de dar e receber. Ele existe, não como um velhinho no Polo Norte, porém, como um sentimento que passa de adulto para criança e de criança para o mundo.

Quando você explicar assim, não destruirá a magia — você a realoca. Transforma a fantasia em ética. A criança entende que, agora, ela participa do “segredo dos grandes”, criando pertencimento e, não, frustração.

O mais curioso é que estudos apontam que, quando a criança toma conhecimento sobre a verdade dessa forma simbólica, sente orgulho, não tristeza. Ela percebe que não perdeu Papai Noel; ganhou responsabilidade. É o momento em que o encantamento deixa de vir de fora e começa a nascer por dentro.

E sejamos honestos: o problema nunca foi a fantasia. O problema é quando o adulto trata a imaginação como mentira — sendo, que, na verdade, é uma das linguagens mais antigas infantis.

Então, da próxima vez que a pergunta vier, em vez de pânico, proporcione poesia: “Papai Noel não é alguém… é algo. É o jeito que a gente escolhe para ser bom, mesmo quando ninguém está olhando.”

E, pronto. A verdade chega, o encanto fica e a infância continua intacta — só que mais sábia, mais profunda e mais bonita.

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Afinal, Papai Noel só deixa de existir de verdade quando os adultos param de acreditar na força do gesto. E, isso, convenhamos, aí sim, seria o natal mais triste de todos.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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