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Estado de Minas Novela

Alexandre Nero celebra e relmbra sucesso do comendador em "Império"

Personagem foi um marco na carreira e vida pessoal do ator. Graças ao papel, o artista cantou com o Rei no especial Roberto Carlos


18/04/2021 04:00 - atualizado 16/04/2021 18:25

Casado com a implacável Maria Marta (Lilia Cabral) em %u201CImpério%u201D, Alexandre Nero atribui sucesso também à parceria com a atriz
Casado com a implacável Maria Marta (Lilia Cabral) em %u201CImpério%u201D, Alexandre Nero atribui sucesso também à parceria com a atriz (foto: Alex Carvalho/Globo)

Alexandre Nero voltou ao horário mais nobre da Globo. Depois do sucesso de “Fina estampa” no ano passado, ator agora é protagonista de “Império”, na faixa das 21h. Duas novelas de Aguinaldo Silva e a segunda, que conta a saga do comendador, venceu o Emmy internacional em 2015. Em “Fina estampa”, e contra todas as probabilidades, ele virou queridinho do público feminino – e do gay Crô – como o motorista Baltazar. Mais que machão, era machista, um troglodita que batia na mulher. José Alfredo também é machão, mas tem outro perfil.

Como o comendador, cria uma fortuna do nada. Inicia um processo sucessório que implode sua família. “Império” marcou o estouro do ator. "Veio como um tsunami, mudou muita coisa na minha vida. Foi meu primeiro protagonista. Isso mudou a perspectiva do público em relação a mim, que vinha de papéis secundários." Virou uma loucura. "As pessoas passam a te seguir na rua, dormem na porta de casa, o assédio é permanente. O comendador se transformou em fenômeno de massa. Virou fantasia de carnaval. Entrou para o rol dos personagens eternizados pela dramaturgia."

Nero experimentou algum incômodo ao interpretar esses machões de carteirinha? Bastava o texto de Aguinaldo ou ele fez alguma pesquisa? "Todos os personagens que faço têm coisas minhas. Muito do temperamento do comendador tem a ver com o meu, tanto o lado mais rude quanto o mais doce, até porque nenhum personagem é uma coisa só. Não quisemos desenhá-lo como herói ou vilão, mas como um personagem mais maduro, com todas essas contradições."

Para ele, o texto é importante, a pesquisa de campo também, mas existem outros fatores – o figurino, a caracterização, os companheiros de cena, o set de gravação, a equipe, tudo importa. "O comendador que a gente vê na novela é fruto daquela época, daquele meu momento. Há seis anos, ainda não tinha vivido a experiência de ser pai, então o comendador tinha muito do meu pai. Acredito que hoje ele seria diferente. Tudo o que a gente vive interfere de alguma maneira na criação dos personagens."

José Alfredo tem um lado romântico, sensual muito forte. "Como todo bom folhetim, a novela conta a saga de um personagem que supera muitas dificuldades e vence na vida, mas tudo começa com uma história de amor que não se concretiza. No caso dele, esse amor não correspondido faz o personagem ir atrás de poder, de dinheiro, como compensação. E, na ausência desse amor, quase como uma vingança por ter sido rejeitado, ele acaba indo atrás de romances."

O ator ainda relembra ainda um fato importante de sua vida pessoal que, segundo ele, só foi possível por causa de seu personagem em “Império”. “Cantar com o Rei no especial de Roberto Carlos foi um presente que o comendador me deu."

Na trama de Aguinaldo Silva, o sensual comendador mantém um romance com Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa)
Na trama de Aguinaldo Silva, o sensual comendador mantém um romance com Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa) (foto: Paulo Belote/Globo)

GENEROSIDADE 
Lilia Cabral é parceira em “Império”. "Foi minha terceira novela com ela. Lilia foi parceira em “A favorita”, minha estreia na TV, aos quase 40 anos de idade. Devo muito da repercussão desse personagem a ela, à maneira generosa como me acolheu." E como ele vê seu retorno, pela segunda vez, ao horário nobre? "Está sendo uma surpresa. A Globo tem um acervo gigantesco de novelas que caíram no gosto popular. Vai ser bem interessante revê-la seis anos depois."

Reconhece que deve muito à coragem do autor – Aguinaldo Silva – que o bancou no papel de protagonista. "Ele enxergou no meu trabalho o comendador que queria e apostou que daria certo, apesar de ser um personagem bem mais velho do que eu, de uma realidade completamente diferente da minha e do que já tinha feito na TV. O mais curioso é que nunca conversamos nem antes, nem depois da novela. O comendador foi meu elo de conexão com o Aguinaldo." (Estadão Conteúdo)



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