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Estado de Minas EM PATROCÍNIO

Cruzeiro deixa escapar a vice-liderança do Mineiro

Time celeste enfrenta a equipe de São João del-Rei na semifinal em desvantagem


20/03/2022 13:02 - atualizado 20/03/2022 14:27

Adriano, no jogo contra o Patrocínio
Adriano marcou o único gol da Raposa no Estádio Pedro Alves do Nascimento, em Patrocínio (foto: Cruzeiro/Divulgação)

Com um time montado por jovens da base e alguns reservas, o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1 pelo Patrocinense, ontem à tarde, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro, estacionou nos 22 pontos e perdeu a vice-liderança para o Athletic, terminando em terceiro lugar. Assim, vai enfrentar a equipe de São João del-Rei na semifinal em desvantagem: o time do interior poderá decidir a ordem dos mandos e jogará por dois empates ou uma vitória e uma derrota pela mesma diferença de gols.



Os jogos de ida e volta da semifinal do Estadual estão marcados para quarta-feira e domingo, mas, ontem à noite, o Cruzeiro divulgou em seu perfil oficial que sua primeira partida deve ser na terça-feira à noite, no Mineirão, com a venda de ingresso começando hoje.

O jogo de ontem foi disputado no Estádio Pedro Alves do Nascimento, em Patrocínio, na Região do Alto Paranaíba. Jônatas Obina e Samuel marcaram para os donos da casa, que escaparam do rebaixamento, enquanto Adriano diminuiu para a Raposa.

O técnico Paulo Pezzolano conseguiu tirar boas análises da derrota do Cruzeiro. Apesar de sua equipe ter deixado escapar a vice-liderança do Mineiro, o uruguaio exaltou a “coragem” dos jovens escalados: “O jogo foi um pouco difícil, já que o adversário estava jogando contra o rebaixamento. Trocamos muitos jogadores, para dar oportunidades a todos, e seguir vendo todos eles, como estão crescendo no dia a dia. Fiquei contente pela coragem dos jogadores, dos meninos que jogaram”.

“Este time nunca jogou junto. A ideia (de jogo) eles tentaram executar, o campo estava muito difícil, mas eu fiquei contente porque deixaram tudo lá. Era o mais importante. Tiveram minutos jogadores que não achavam que teriam. Isso é bom para seguir vendo eles e o crescimento deles também”, complementou o treinador.

O Cruzeiro iniciou o duelo desse sábado com sete jogadores formados em suas categorias de base: Ezequiel, Geovane, Marco Antônio, Vitinho, Adriano, Vitor Leque e Daniel Júnior. Ao longo da partida, Pezzolano ainda deu minutos a Weverton, Miticov, Ageu, Marcelinho e Jhosefer. O goleiro Ezequiel, o meio-campista Vitinho e o lateral-direito Marcelinho estrearam com a camisa celeste no time principal.

Desempenho

Mesmo modificado, o Cruzeiro começou bem. Mantendo a filosofia de jogo de Pezzolano, o time se mostrou criativo na primeira metade do tempo inicial. A segunda metade do jogo, no entanto, foi toda do Patrocinense, que chegou com perigo aos 37, quando Márcio demorou demais para finalizar e perdeu gol de frente para Ezequiel. Aos 41, Jônatas Obina, contratado pela especialmente para este jogo, não desperdiçou. Sem marcação, na pequena área, recebeu da direita e fez 1 a 0.

Formada por muitos jovens, a Raposa sentiu o gol. Tanto que no lance seguinte, após saída de bola errada com Mateus Silva, Marco Antônio e Giovanni, voltou a ser vazada. Aos 43, Samuel recuperou a posse, finalizou da entrada da área, e Ezequiel viu a bola quicar em sua frente antes de entrar: 2 a 0.

A resposta celeste veio antes do fim da primeira etapa. Aos 47, Marco Antônio cobrou falta do lado esquerdo, e Mateus Silva tocou de cabeça para o meio da área. Vitor Leque desperdiçou na primeira tentativa, e Adriano balançou a rede na sobra: 2 a 1. O Patrocinense voltou do intervalo para segurar o resultado e jogar nos erros do Cruzeiro. Sem muito repertório, o time celeste aceitou a derrota com certa dose de passividade.

 

Coelho vai disputar Troféu Inconfidência


Em despedida precoce do Campeonato Mineiro, o América bateu o Tombense por 1 a 0 no Independência, com gol do promissor meia-atacante Gustavinho. Com uma equipe repleta de jovens, o Coelho triunfou com relativa tranquilidade, pela 11ª rodada do Estadual. Como terminou na quinta colocação, o alviverde disputará o Troféu Inconfidência, já que não se classificou às semifinais depois de sete anos. O próximo compromisso será na quarta-feira, diante do próprio Tombense, em jogo que deve ser no Almeidão, em Tombos.

A tarde foi especial para o jovem meia-atacante Gustavinho, que marcou seu primeiro gol como profissional, decidindo o confronto, que não teve torcida – a partida foi disputada com portões fechados devido ao fim da concessão à empresa administradora Luarenas.

Aos 43min do primeiro tempo, Gustavinho aproveitou cruzamento primoroso do lateral-esquerdo Carlos Junio e demonstrou oportunismo. Bem posicionado na área, o jogador de 20 anos cabeceou no ângulo do gol adversário. Saiu de campo feliz com o gol: “Significa muito, né? Um momento especial para o jogador, todo jogador sonha com isso. Eu já vinha trabalhando, tentando e não saiu, mas creio que tudo acontece na hora certa, e hoje (ontem) eu fui feliz de fazer o gol”, afirmou.

Gustavinho marcou seu primeiro gol após 26 partidas pelo profissional. Ele estreou na categoria principal em 2020, sob o comando do técnico Lisca, e deixou uma assistência na goleada por 4 a 0 sobre o Vitória, no Independência, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Equilíbrio

A partida teve um início estudado e equilibrado. Sem pressão pelo resultado, as duas equipes buscavam estabelecer suas propostas de jogo. O Tombense priorizava mais a consistência defensiva. O América teve sucesso na ideia de controlar a posse e empurrar o Tombense para trás, mas foi pouquíssimo criativo. Rodava a bola de um lado para outro, mas não apresentava soluções para jogar por dentro e desestruturar a defesa do Carcará.

Aos 3min da etapa final, o árbitro viu puxão em Matheusinho dentro da área e assinalou pênalti para o América. No entanto, o goleiro Felipe Garcia defendeu a cobrança do volante Zé Ricardo – que ontem foi o capitão da equipe.

Revelado pelas categorias de base do América em 2016, Zé Ricardo já tem 190 jogos pelo profissional, com dois gols e cinco assistências. O volante revelou, após a partida, que sua escalação foi um pedido do técnico Marquinhos Santos.

“Fiquei muito feliz com a oportunidade (de ser capitão). O grupo principal recebeu uma folga, e o Marquinhos disse que precisaria de mim. A garotada aí, quase todo mundo é DNA Formador. Passei por esse momento também. Então, a oportunidade que eles estão tendo, eu tive lá atrás. Procurei ajudar, já vivi muitas coisas no América”, afirmou.

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