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Estado de Minas FUTEBOL MINEIRO

Atlético: "Vamos por mais títulos"

Novo treinador do Atlético, El Turco Mohamed promete superar o desafio de manter o protagonismo alvinegro em 2022


14/01/2022 04:00 - atualizado 14/01/2022 12:08

Contrato do Galo com o técnico argentino será por uma temporada: cúpula atleticana vê capacidade para unir futebol de alto nível à competitividade
Contrato do Galo com o técnico argentino será por uma temporada: cúpula atleticana vê capacidade para unir futebol de alto nível à competitividade (foto: KARIM JAAFAR/AFP %u2013 21/12/19)

O Atlético confirmou ontem o argentino Antonio “El Turco” Mohamed como treinador para 2022, em substituição a Cuca, que pediu demissão depois das conquistas do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil em 2021. O novo técnico, que prometeu “mais títulos”, foi escolhido depois que o clube ouvir recusas dos portugueses Jorge Jesus e Carlos Carvalhal, além do também argentino Eduardo Berizzo.

O comandante, de 51 anos, convenceu a diretoria atleticana pelo conhecimento do elenco e também pelas ideias de jogo. E sobretudo pelo desafio da temporada, pois a torcida espera ainda mais, principalmente na Copa Libertadores, na qual o Galo foi eliminado nas semifinais pelo Palmeiras.

“Não sabemos se o que foi feito será traduzido em resultado de campo. Mas procuramos percorrer o caminho correto para fazer a melhor escolha. Fizemos outras entrevistas, algumas opções esbarraram em questões contratuais, outras, em profissionais que não queriam vir ao Brasil, além de termos de respeitar a questão orçamentária. E não ficamos presos a estrangeiros, analisamos nomes nacionais. Depois de muita análise, na hora de tomar a decisão, chegamos ao nome de El Turco Mohamed. Esperamos que ele dê continuidade ao trabalho que vinha sendo feito aqui, mas também implantando os próprios conceitos. Afinal, tudo que é bom pode melhorar”, disse o diretor de futebol Rodrigo Caetano, que conversou com seis profissionais, cujos nomes não revelou.

Em todos os casos, foram observados alguns pontos, além da parte financeira. “Entre esses critérios estava conhecer uma das competições que teremos pela frente (a Libertadores), ter liderança. E as características não são excludentes. Nossa tomada de decisão é em função do conjunto da obra. Nos ofereceram profissionais de várias nacionalidades, com várias características. E optamos por El Turco pela forma de jogar, por as equipes dele normalmente serem protagonistas. Tomara que ele possa reeditar aqui no Galo os bons trabalhos que conseguiu em outros lugares.”

Mohamed chegará a Belo Horizonte no domingo, e na segunda-feira à tarde já receberá os atletas na Cidade do Galo para o início da pré-temporada. Ele vem com dois auxiliares diretos e um preparador físico, que vão trabalhar com integrantes da comissão fixa do Galo, que tem nomes como os preparadores físicos Cristiano Nunes, Ricardo Seguins e Marcelo Luchesi e os auxiliares Éder Aleixo e Lucas Gonçalves.

“Estou muito animado e contente de poder assumir o Atlético. Quero agradecer a toda diretoria, especialmente ao presidente (Sérgio Coelho), por confiar em nós. A torcida pode esperar muito esforço e dedicação para continuar conquistando mais títulos. Espero poder chegar domingo a Belo Horizonte e estar com toda a Massa atleticana. Estou muito contente e muito agradecido. Vamos por mais títulos em 2022”, disse El Turco, em pronunciamento direto de Buenos Aires.

Ele assina contrato até dezembro, com possibilidade de renovação por mais uma temporada. Segundo Rodrigo Caetano, que citou o zagueiro uruguaio Godín, anunciado na véspera, a opção por um compromisso de 12 meses se deve ao fato de o treinador estar vindo do exterior e é preciso saber se ele irá se adaptar. “É mais fácil renovar do que rescindir um contrato'', justificou.

REENCONTRO

Ex-jogador com passagens pela Seleção Argentina, El Turco começou a carreira como treinador no México, onde atuou também como atleta. Em 2010, foi campeão da Copa Sul-Americana com o Independiente-ARG. Três anos mais tarde, cruzou o caminho do Galo nas quartas de final da Libertadores. A equipe dele, o Tijuana-MEX, chegou a ser melhor que o Atlético, mas acabou eliminada graças ao pênalti cobrado por Riascos e defendido por Victor já nos instantes finais, no que ficou conhecido como “O milagre do Horto”.

Além de Victor, gerente de Futebol, ele reencontrará o ex-zagueiro Leonardo Silva, que cuida do grupo de transição para o profissional e, em campo, com o zagueiro Réver, remanescente da campanha histórica de 2013.

Atleticanas
 
Diego Costa mais longe

Rodrigo Caetano confirmou que dificilmente o atacante Diego Costa se reapresentará na segunda-feira. “Ele nos procurou no final da temporada manifestando desejo de sair, por não ter se adaptado, além de questões pessoais. Tentamos demovê-lo, pois é um jogador importante, que participou das nossas conquistas. Mas ele já veio com a possibilidade de sair caso não estivesse se sentindo bem. Então, aceitamos”, diz o dirigente, ressaltando que não há multa rescisória.

Equilíbrio

O Atlético não deverá fazer grandes investimentos neste início de temporada. Segundo Rodrigo Caetano, o técnico Antonio El Turco Mohamed considera o grupo equilibrado e de qualidade, além de haver a necessidade de manter as contas sob controle. O clube contratou o zagueiro Godín e os atacantes Ademir e Fábio Gomes, além de contar com as voltas do zagueiro Vítor Mendes e do volante Guilherme Castilho. O volante Otávio também está acertado, mas depende da liberação do Bordeaux-FRA. Por outro lado, saíram o zagueiro Junior Alonso e Diego Costa e foram emprestados o volante Alan Franco, o armador Nathan e o meia Hyoran. 

Morreu aos 101 Ana Cândida Marques, vista por muitos como uma torcedora-símbolo do alvinegro
Morreu aos 101 Ana Cândida Marques, vista por muitos como uma torcedora-símbolo do alvinegro (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 1/8/17)

Adeus à Vovó do Galo

Torcedora-símbolo do Atlético, Ana Cândida de Oliveira Marques, a 'Vovó do Galo', morreu ontem, aos 101 anos. A informação foi divulgada pela família em seu perfil no Twitter. Ana nasceu em Lamim, na Zona da Mata de Minas Gerais, em 8 de julho de 1920, e se mudou para Belo Horizonte em 1949, junto do marido, João, que era atleta amador e torcedor atleticano.

Sua paixão pelo alvinegro começou ainda na cidade natal e se fortaleceu quando ela se mudou para a capital. Em entrevistas, a Vovó contava que, de longe, acompanhava os jogos do time pelo rádio e pelos jornais. Uma vez em BH, passou a ser uma frequentadora assídua dos estádios.

Na última década, ela ganhou popularidade nas redes sociais ao aparecer no Mineirão e no Independência acompanhando o Atlético nas campanhas vitoriosas na Copa Libertadores, em 2013, e na Copa do Brasil, em 2014.

Em 2021, após a reabertura das arenas, ela acompanhou de perto a equipe nos títulos do Brasileirão e da Copa do Brasil, ainda que na reta final de ambas as competições estivesse em parte do tempo hospitalizada.

Com o Atlético declarado bicampeão nacional, ela festejou: "Foi a mão de Deus. Ele é muito bom para mim, sabe que sou uma boa católica", disse. Ela relembrava a paixão antiga: "O amor pelo Atlético é um mistério. Vem desde o tempo em que eu morava na fazenda. É meu remédio, é o que me ajuda a viver".

Além de cair nas graças da torcida, Ana ganhou também reconhecimento do clube, recebendo homenagens oficiais do Galo em diversas oportunidades. No ano de 2020, em seu aniversário de 100 anos, ela foi celebrada em um vídeo oficial no canal do Atlético.

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