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Estado de Minas ATLÉTICO

Em empate na Libertadores, Atlético criou pouco e abusou de cruzamentos

Galo tentou lançar bola na área 59 vezes, mas estratégia não funcionou


22/04/2021 07:50 - atualizado 22/04/2021 07:53

Acostumado a armar a equipe vindo de trás, Nacho caiu muito pelos lados para abusar dos cruzamentos na área: foram 16 tentativas(foto: AFP / POOL / MANAURE QUINTERO)
Acostumado a armar a equipe vindo de trás, Nacho caiu muito pelos lados para abusar dos cruzamentos na área: foram 16 tentativas (foto: AFP / POOL / MANAURE QUINTERO)
Depois da derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro no clássico pelo Campeonato Mineiro, em 11 de abril, o técnico Cuca prometeu um Atlético 'pronto' já na estreia da Copa Libertadores. Mas pouca evolução se viu nessa quarta-feira (21). No empate por 1 a 1 com o modesto Deportivo La Guaira da Venezuela, em Caracas, faltou repertório para o time alvinegro. O Galo atingiu a incrível marca de 59 tentativas de cruzamentos, estratégia pobre considerando a diferença de investimento entre as duas equipes.

A maior dificuldade da equipe contra os venezuelanos foi encontrar espaços para atacar. O nível aumentou quando o Atlético ficou atrás no placar. A única alternativa foi alçar a bola na área rival e torcer para a jogada ter uma boa definição, algo que não aconteceu. 

Cuquinha, auxiliar de Cuca, comandou a equipe contra o La Guaira. Em diversas vezes foi possível ouvi-lo gritar na beira do gramado: “Põe na área”. De acordo com ele, o Atlético não foi a Caracas para alçar a bola o tempo todo.

“Falta muita coisa ainda. A gente não está contente. Estamos tristes, principalmente com o desempenho do começo do jogo. Não era isso que a gente veio (fazer). Não era o propósito de cruzar bolas do jeito que a gente cruzou. Nós nem treinamos desse jeito. Mas o jogo ofereceu isso. Foi o que eles acharam dentro de campo. O recurso que tinha era cruzar bolas na área. A gente não tem que se lamentar. Vou falar pela décima vez: o negócio é trabalhar. Contente ninguém está. A gente esperava mais, principalmente em termos de resultado”, disse.

Como os cruzamentos não funcionaram, o Atlético passou a apostar nos chutes de longa distância. E desta forma levou mais perigo, achou um gol (em rebote), obrigou o goleiro adversário a fazer boas defesas e acertou a trave. 

Números discretos

O Atlético tentou 59 cruzamentos contra o frágil La Guaira, sendo apenas 16 certos (27%). Os recordistas foram Nacho Fernández e Guilherme Arana, dois dos mais participativos em campo. Cada um alçou 16 bolas na área. O meia acertou três, enquanto o lateral quatro.

De acordo com o Footstats, site especializado em estatísticas, o Atlético tentou 110 cruzamentos nos últimos dois jogos (vitória por 2 a 1sobre o Boa e empate pela Libertadores), uma média de 55 por jogo. Destes, foram apenas 24 certos, uma taxa de 21% de aproveitamento.

O empate na abertura da Libertadores estava fora dos planos do Atlético e coloca ainda mais pressão sobre o trabalho de Cuca. O próximo jogo pela competição será na próxima terça-feira, contra o América de Cáli, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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