homem no aeroporto , no saguão de passageiro, olho um avião levantando voo

Medo de voar não precisa atrapalhar as férias: EMDR ajuda a superar aviofobia a curto prazo

Jan Vasek/Pixabay


O avião é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo (Conselho Nacional de Segurança EUA), mas 4 em cada 10 brasileiros ainda têm medo de voar (Ibope). Chamada aviofobia, o medo intenso de voar gera emoções como ansiedade, estresse, taquicardia, crises de pânico e até possíveis desmaios. 

A abordagem do EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing/Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) atua nas fobias em curto espaço de tempo.

A prática é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como tratamento eficaz de traumas e foi criada há mais de 30 anos nos EUA para veteranos de guerra.

Medo de estar nas alturas

A aviofobia pode estar relacionada a um trauma específico, ao medo de estar nas alturas, ao medo de morrer ou até mesmo pelo indivíduo ter sofrido um trauma vicariante - desenvolvido a partir de relatos de outras pessoas ou por ter vivenciado a situação de perto, entre outros motivos.
 
Independente da razão, o tratamento EMDR é indicado para todas as idades e aplicado em oito fases que devem ser seguidas à risca para que a pessoa tenha acesso a todos os pilares da memória necessários para reprocessar os traumas e medos, como imagens, crenças negativas e até mesmo, as sensações corporais. 

Estímulos visuais, auditivos e táteis 

A abordagem EMDR se utiliza de estímulos visuais, auditivos e/ou táteis durante todas as fases da terapia. Estes estímulos promovem um reprocessamento das memórias traumáticas, uma modificação dos sentimentos negativos e transforma a forma como sensações corporais aparecem para o paciente, instigando a rede onde está presa a lembrança ou o medo.

“O paciente é incentivado a expor seus medos ou sensação traumática, e assim, por meio dos movimentos dos olhos, o cérebro recebe a ajuda necessária para processar o fato e o arquiva de uma forma funcional”, diz Ana Lúcia Castello, psicóloga e presidente da Associação Brasileira de EMDR.

Leia também:  Superação de traumas profundos.

“As informações perturbadoras são desatadas por meio de um caminho adaptativo até que pensamentos, sentimentos, medos, traumas, imagens e emoções tenham desaparecido e espontaneamente substituídos por uma atitude positiva”, completa a psicóloga.  

EMDR: aplicada em traumas e fobias 

A terapia EMDR é utilizada para todo tipo de fobia e trauma, incluindo situações delicadas pós-traumáticas. E, no Brasil, são milhares de profissionais da saúde capacitados por treinamentos homologados. E apenas psicólogos ou médicos podem se capacitar ao EMDR.