Mulher na cama pensando

Mulher na cama pensando

Racool Studio/Freepik
A tocofobia, medo irreal de estar grávida ou da dor proveniente do parto, é um distúrbio que afeta muitas mulheres, como Jéssica (nome fictício), 26 anos, que sente pânico ao pensar na possibilidade de engravidar. Esse medo é tão intenso que ela evita contato com grávidas e já manifestou o desejo de fazer laqueadura ao seu ginecologista. Atualmente, utiliza o DIU e, durante as relações sexuais com o namorado, também se protege com preservativo.

Mesmo com métodos contraceptivos eficazes, Jéssica sofre de crises de ansiedade à medida que a data da menstruação se aproxima. A estudante de medicina Maria Júlia Ferreira, 23 anos, ouviu o interesse do público jovem pelo tema e passou a produzir conteúdo sobre saúde feminina e sexual no Instagram, abordando a tocofobia.

Com poucos estudos acadêmicos disponíveis sobre o assunto, Maria Júlia dedica-se a pesquisar e compartilhar informações sobre métodos contraceptivos e desmistificar conceitos errôneos relacionados à sexualidade feminina. Em seu perfil no Instagram, ela oferece materiais informativos e acessíveis para ajudar outras mulheres a lidar com a tocofobia.


A falta de educação sexual e o desconhecimento sobre o tema provocaram o desconforto na relação à gravidez. Segundo Maria Júlia, superar a tocofobia exige acompanhamento psicológico e maior conhecimento em saúde. Respeitar os limites durante o sexo e escolher a contracepção adequada são outros fatores importantes.

Entre as possíveis causas da tocofobia estão traumas, falta de educação sexual e desinformação nas redes sociais. Os sintomas incluem crises de ansiedade ou pânico, pesadelos frequentes e dificuldade para dormir ou se alimentar. A tocofobia pode estar associada ao Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e, em alguns casos, levar à depressão pós-parto.

As consequências da tocofobia incluem dificuldade em ter uma vida sexual saudável, perda da qualidade de vida e problemas de saúde decorrentes do uso recorrente da pílula do dia seguinte. O tratamento envolve acompanhamento psicológico e consumo de conteúdos correspondentes sobre o assunto.

Maria Júlia recebe relatos positivos de seguidoras que, após aprenderem mais sobre a tocofobia e os métodos contraceptivos, conseguiram superar o medo e melhorar suas vidas. Uma estudante de medicina segue empenhada em compartilhar informações e apoiar outras mulheres que enfrentam essa fobia.