Celulite
Problema comum entre as mulheres, a celulite confere à pele um aspecto "ondulado" e atinge com maior incidência regiões como as nádegas, coxas e abdômen. "Um estudo recente mostrou que, anatomicamente, há diferenças que justificam a maior incidência nas mulheres. A pele é composta por duas camadas de gordura (superficial e profunda), separadas pela fáscia superficial. Nos homens, há maior número de lóbulos de gordura subcutânea e maior número de bandas fibrosas, mais conexões fibrosas entre a fáscia superficial e a derme em comparação com o sexo feminino. Dessa forma, uma força maior é necessária para romper as conexões fibrosas e é justamente por isso que eles sofrem menos com a formação de celulites", explica Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS. "Existe tratamento para a alteração estética, mas eles devem ser iniciados após o paciente ter consciência da importância da mudança do estilo de vida, senão não haverá resultado", completa a médica.
Dieta, exercícios físicos e drenagem linfática são altamente indicados para tratar a celulite. "Em consultório, temos injeções redutoras de gordura, que são aplicadas em regiões com maior resistência de eliminar com dieta e exercícios físicos, subcisão das bandas fibrosas, radiofrequência e bioestimuladores de colágeno injetáveis", diz a médica. Os procedimentos podem ser associados de acordo com a avaliação médica sobre a necessidade da paciente.
"As injeções redutoras de células de gordura promovem destruição da membrana da célula de gordura e consequentemente menor edema local após resultado final. A radiofrequência aquece os tecidos até 42º graus aproximadamente e realiza estímulo de colágeno. Já o bioestimulador de colágeno injetável é aplicado para estimular as células formadoras de colágeno (fibroblastos) a produzirem colágeno", explica Cláudia. Desses tratamentos, apenas as injeções redutoras de gordura apresentam algum tipo de downtime. "Há um processo inflamatório (dor, calor, vermelhidão e inchaço) que se estende por volta de até 20 dias", diz a médica. Na subcisão, o tempo de recuperação é maior (30 dias), já que uma agulha bisturizada é inserida sob a pele, com movimentos contínuos, para quebrar os septos fibrosos.
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![A médica Cláudia Merlo](https://i.em.com.br/1azrRlehXTINnD4PFTWU8HTUuh0=/353x0/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/06/15/1507669/a-medica-claudia-merlo_2_57510.jpg)
O problema também aumenta com a idade, devido à perda de colágeno e de todas as estruturas de bandas fibrosas que compõem a pele, explica a médica Cláudia Merlo
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