Fachada do Hospital da Baleia, de 2020

Hospital da Baleia necessita de mais de 500 bolsas de sangue por mês, para cirurgias e transfusões

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Referência em oncologia adulta e pediátrica, nefrologia (hemodiálise e transplante renal), ortopedia e pediatria, com destaque para o tratamento e reabilitação de fissuras labiopalatais e deformidades craniofaciais, o filantrópico Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, atende a pacientes de 88% dos municípios mineiros, sendo 95% via Sistema Único de Saúde (SUS). 
A instituição faz em torno de 1.600 procedimentos cirúrgicos todos os meses, e, para isto, necessita recorrer ao banco de sangue do Hemominas. Nos cinco primeiros meses deste ano, o Hospital da Baleia utilizou, em média, 300 bolsas de sangue por mês.

As cirurgias para as quais, geralmente, é necessário maior solicitação de bolsas de sangue são das especialidades ortopedia, proctologia, urologia e oncologia.

Os pacientes que passam por cirurgias eletivas, recebem as doações nominais feitas ao Hemominas, para utilizar, caso seja necessário durante o procedimento.

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Entretanto, nem sempre essas bolsas são suficientes para a demanda do hospital. Há pacientes que necessitam de sangue sem necessariamente estar numa mesa de cirurgia. 

Transfusões diárias

Diariamente também são feitas transfusões em pacientes no Baleia. Na maior parte das vezes são pacientes oncológicos, que precisam de reposição de hemoglobina, plaquetas e outros componentes sanguíneos. Para esse tipo de transfusão, são solicitadas ao banco de sangue em torno de 250 bolsas por mês.

Em ambos os casos o sangue é essencial. A falta de sangue pode acarretar desde o cancelamento de cirurgias ao não atendimento de pacientes com necessidades vitais da transfusão. Neste período do ano, com mais casos de gripes e resfriados, o número de doadores cai, impactando no estoque. 
Os médicos não arriscam entrar num centro cirúrgico se não houver a reserva necessária, geralmente duas bolsas (600ml) por cirurgia.

Mas a principal necessidade é mesmo aqueles que necessitam transfundir. Há casos de pacientes com prescrição de transfusão quatro vezes ao dia, até que surja efeito e recuperação”, explica a técnica responsável pela Agência Transfusional, Débora Viana.