Homem branco e cabelos pretos com jaleco branco sob blusa azulada em pé no meio de seu consultório médico

Médico uro-oncologista Renato Corradi

Arquivo Pessoal

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de testículo corresponde a 5% de todos os casos de câncer diagnosticados no Brasil quando falamos do sexo masculino. O Abril Lilás, mês de campanha para alertar sobre este câncer, almeja esclarecer o que é a doença e divulgar suas causas mais comuns e os sintomas, além de tirar os mitos entorno da enfermidade.

Segundo o uro-oncologista Renato Corradi, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura de um paciente. Entenda, segundo as dicas do especialista, o que é este tipo de câncer, os sintomas, perigos, a prevenção, cuidados e como identificar da forma mais rápida.


O que é o câncer no testículo?

Os testículos fazem parte do sistema reprodutor do homem e ficam localizados atrás do pênis, dentro de uma bolsa músculo-cutânea, chamada de escroto. Eles têm a função de produzir espermatozoides e testosterona. O câncer de testículo é caracterizado pelo crescimento anormal de células neste órgão. A doença possui dois tipos: o tumor germinativo não seminomatoso, que é mais agressivo, e o tumor germinativo seminomatoso, cujo crescimento ocorre com mais lentidão.

Quais são os sintomas?

O aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor e do tamanho de uma ervilha, é o sinal mais frequente, conforme explica Corradi.

Existem, no entanto, outros sintomas comuns, como por exemplo:
  • Dor imprecisa na parte baixa do abdômen
  • Aumento na sensibilidade dos mamilos
  • Endurecimento dos testículos

Essas alterações não representam, necessariamente, a presença de um câncer. É necessário, no entanto, procurar um urologista para investigá-las e descobrir quais são as razões.

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Fatores de risco


Alguns fatores podem aumentar o risco do desenvolvimento do câncer de testículo. Entre os principais, estão:

  • Histórico familiar de tumor no testículo

  • Diagnóstico anterior da doença

  • Infertilidade

  • Criptorquidia, quando um dos dois testículos não desce para a bolsa escrotal ainda na infância

  • Pessoas expostas a agrotóxicos

Diagnóstico

Para o médico, embora possa ser do tipo agressivo, o câncer de testículo possui um fácil diagnóstico, o que proporciona um alto índice de cura, já que ele costuma apresentar boas respostas ao tratamento.

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Para diagnosticar a doença, é necessário fazer um exame de ultrassonografia do escroto. A dosagem de marcadores tumorais no sangue também pode auxiliar um profissional a fazer esse diagnóstico.

Tratamento

Inicialmente, segundo ele, pode ser indicado um procedimento cirúrgico para que seja realizada uma biópsia, caso o nódulo seja pequeno e os marcadores tumorais do paciente estejam normais.

O resultado do exame é dado ainda durante a cirurgia. Em caso de resultado positivo, a retirada completa do testículo comprometido costuma ser o mais comum e as funções sexual e reprodutiva do indivíduo não são afetadas - mas é necessário que o outro testículo esteja saudável.

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Após o procedimento, pode ser necessário que o paciente seja submetido a radioterapia, quimioterapia ou faça um acompanhamento clínico.

Saúde e prevenção

Por fim, Corradi reforça que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer de testículo e, por isso, informação é tão importante. "Existem, no entanto, outras doenças e tipos de câncer que podem ser diagnosticados precocemente. Por isso, é extremamente necessário procurar um especialista caso note alterações no organismo. Mas os cuidados não param por aí: cuidar da saúde do homem é fundamental e consultar-se regularmente com o urologista é recomendado, principalmente para homens com mais de 40 anos de idade", completa.