Pessoa segurando modelo de coração anatômico para fins esducacionais

Brasil ocupa o segundo lugar na lista de países que mais transplantam órgãos no mundo.

Freepik

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o segundo lugar na lista de países que mais transplantam órgãos no mundo. Mesmo durante a pandemia de COVID-19, as doações e transplantes foram mantidos. Toda a assistência é fornecida aos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que financia e faz 88% desses procedimentos no país. Entre 2020 e novembro de 2021, mais de 25 mil transplantes aconteceram no país.

Como toda cirurgia, esse procedimento requer alguns cuidados para que a recuperação ocorra de forma tranquila. O médico Adolpho Baamonde, especialista em cirurgia oncológica e transplante de órgãos abdominais, explica que esse processo após o transplante pode ser longo e desafiador. Porém, com os cuidados adequados, é possível alcançar uma boa qualidade de vida.



"Após a cirurgia, o paciente é transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde é monitorado de perto pela equipe médica especializada em pacientes críticos. Vale ressaltar que o treinamento da equipe de terapia Intensiva para o manejo adequado do paciente em pós-operatório imediato de transplante de órgãos é de extrema importância. A duração da estadia na UTI depende da recuperação do paciente e pode variar de alguns dias a algumas semanas", comentou.

O médico explica que, após a alta da UTI, o paciente é transferido para o local onde irá se recuperar. Essa recuperação pode levar de seis meses a um ano. Porém, o Dr. Adolpho Baamonde reforça que, mesmo em recuperação, é possível levar uma vida plena e ativa, mas mantendo as consultas de rotina para monitorar a função dos órgãos.

Leia mais: Dia Nacional de Doação de Órgãos: tema ainda é desafio no Brasil

"Com os cuidados adequados e o acompanhamento médico, muitos pacientes transplantados são capazes de retomar suas atividades cotidianas, incluindo trabalho, estudos, atividades sociais e físicas. No entanto, cada caso é único e a capacidade de levar uma vida normal após o transplante depende de vários fatores, como a saúde geral do paciente antes do transplante, a qualidade dos órgãos transplantados, a resposta do corpo, o cumprimento dos cuidados pós-operatórios e acompanhamento médico", disse.

"A principal mudança na vida do paciente é a necessidade de tomar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para prevenir a rejeição dos órgãos transplantados. Esses medicamentos ajudam a diminuir a resposta imune do corpo, evitando que ele ataque e destrua os órgãos novos. Essa medicação deve ser tomada rigorosamente e ajustada regularmente pela equipe médica para garantir que o paciente receba a dose correta. Eles precisam seguir um estilo de vida saudável, e evitar hábitos prejudiciais à saúde, como fumar ou consumir álcool em excesso", concluiu.