Remédio

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Uma equipe de pesquisadores do Brasil, Canadá e Estados Unidos identificou que pacientes que tomaram uma dose remédio antiviral peginterferon lambda (Lambda), da farmacêutica estadunidense Eiger, tiveram risco 51% menor de internação por causa de COVID-19 leve a moderada.

O pesquisador principal da pesquisa - publicada na revista científica The New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (9/2) - foi o brasileiro Gilmar Reis, associado da McMaster University, no Canadá.

Apenas uma dose do medicamento injetada sob a pele de um paciente se provou mais eficaz do que qualquer tratamento disponível atualmente para a COVID.

Para comprovar a eficácia, os especialistas fizeram um estudo controlado com voluntários do Brasil e do Canadá - 931 pessoas receberam doses de lambda e outros 1.018 receberam um placebo e 83% dos participantes estavam vacinados.

"Esta descoberta nos permite entrar em uma nova era onde você pode ter intervenções de pan vírus contra uma série de doenças", explica Edward Mills, professor do Departamento de Métodos de Pesquisa em Saúde, Evidências e Impacto (HEI) da McMaster University.

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Vale lembrar que a Lambda funciona ativando as defesas antivirais do sistema imunológico contra o vírus da COVID-19 que invade as vias aéreas. Ele conseguiu reduzir em 51% o risco de internação por causa da COVID-19.

"O Lambda não é específico para vírus, pois funciona em todas as diferentes variantes do COVID-19 e provavelmente também tem um papel a desempenhar no combate a outros vírus respiratórios, como o influenza. Estamos iniciando agora um estudo de lambda para influenza", pontua Gilmar.

A pesquisa fez parte da estudo TOGETHER, que foi iniciado em junho de 2020 e que já avaliou vários tratamentos potenciais para COVID-19 durante a pandemia. Todos os tratamentos do estudo são avaliados em relação a um placebo.