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Estado de Minas CAMPANHA DE VACINAÇÃO

Infectologista alerta que 'vírus Influenza pode mudar de um ano para outro'

Médica infectologista explica como as mutações impactam na produção das vacinas e reitera a importância de buscar imunização todos os anos


06/04/2022 15:55 - atualizado 06/04/2022 16:54

Vacina
Mutações no micro-organismo que contaminam o indivíduo não são reconhecidos, prejudicando significativamente a capacidade de proteção (foto: Pixabay/Divulgação )

 

A gripe, doença altamente transmissível, é uma infecção aguda que atinge, todos os anos, mais de 600 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS). A agência estima ainda que cerca de 650 mil mortes anuais registradas no planeta estão associados a complicações da gripe.

 

Tamanha relevância motiva autoridades de saúde a destacarem a imunização como importante aliada no combate à doença. "A vacinação anual é a forma mais eficaz de proteção contra a gripe e possíveis complicações provocadas por ela", afirma a médica infectologista e gerente do serviço de imunização do Grupo Sabin, Ana Rosa dos Santos.

 

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O vírus causador da gripe passa por mutações genéticas, por isso, a única forma de reativar a defesa do organismo é a vacina atualizada com as versões do vírus em circulação. São essas mudanças, explica Santos, que leva a comunidade científica a desenvolver todos os anos uma nova vacina contra três ou quatro versões do vírus que mais circulam durante o inverno no Hemisfério Sul. "Na versão de 2022 da vacina, que deve estar disponível no início de abril, nas redes pública e privada, foi introduzida a nova cepa do subtipo A(H3N2), denominada A(H3N2) Darwin".

 

A gripe - comumente considerada uma doença passageira - assim como qualquer infecção viral, pode evoluir e prejudicar o funcionamento de diferentes órgãos como pulmões, cérebro e até coração.

 

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"Pessoas com o sistema imunológico comprometido, seja pelo uso de medicamentos, pela condição de saúde ou pela própria idade, estão mais sujeitas a contraírem infecções graves em decorrência da gripe, como a pneumonia, também evitada por vacinas. Em geral, o vírus influenza é a porta de entrada para esta infecção bacteriana. Quem se vacina, protege a si mesmo e às pessoas com quem convive, principalmente os mais idosos e os imunossuprimidos", salienta a médica.

 

A ação da vacina no organismo

 

A vacina da gripe atua no estímulo à produção de anticorpos contra a proteína hemaglutinina (HA), existente no vírus Influenza. Dessa forma, quando o agente viral entra no corpo, o organismo detecta sua presença e inicia a produção de anticorpos para o neutralizar. Essa ação de defesa evita que a infecção se manifeste.

 

Outro detalhe relevante apontado pela infectologista é a eficácia do imunizante, que depende da combinação com as cepas circulantes do ano em questão, por isso, a vacina contra gripe precisa ser reformulada e reaplicada todos os anos. "Estudos clínicos mostram que menos de 1% dos indivíduos imunizados contra o vírus Influenza apresentaram efeitos colaterais graves. Esse resultado é importante para comprovar a eficácia e efetividade da vacina da gripe", conclui.


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