
Evitar a exposição ao sol em horários impróprios, usar filtro solar contra os raios UVA e UVB e barreiras físicas, como roupas e chapéus, são a maneira mais eficaz de prevenção. Associado a esses comportamentos protetores, o dermatologista do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte, Fernando Nasser, acrescenta a atenção aos sinais sugestivos da pele, o que pode encurtar o caminho rumo ao diagnóstico precoce.
“Qualquer que seja a alteração na pele é um importante alerta para buscar ajuda médica. Uma pinta ou mancha escura que se modifica, coça ou sangra, muda de cor ou tamanho, ou ainda uma ferida que não cicatriza são indicativos que devem ser avaliados por um dermatologista. Uma dica é a regra do ABCDE, um autoexame em que se observam alterações como, assimetria, bordas irregulares e indefinidas; cor variável (presença de tons e cores diferentes em uma mesma lesão); diâmetro, se for maior que seis milímetros; e evolução, mudança de tamanho, formato, espessura, cor ou tamanho. Também é importante realizar ao menos uma consulta por ano com um dermatologista”, recomenda o médico.
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Tecnologia como alidada: uso da inteligência artificial
Segundo Fernando Nasser, a detecção na fase inicial garantirá uma melhor resposta ao tratamento e a tecnologia pode exercer um papel crucial nessa etapa. Isso graças a um arrojado equipamento de mapeamento corporal, conhecido como fotofinder bodystudio ATBM master, ou dermatoscopia corporal total, de origem alemã.
“O equipamento utiliza inteligência artificial que identifica lesões de pele suspeitas, novas e alteradas de forma segura, eficaz e no menor tempo possível. São geradas fotos em alta resolução da superfície da pele do corpo inteiro, ampliadas em até 400 vezes. Este tipo de exame possibilita manter o mesmo e rigoroso padrão de análise no acompanhamento do paciente diagnosticado, em seguimento ou em remissão”, esclarece Fernando Nasser.
O dermatologista completa que a abordagem será definida de forma individualizada considerando o subtipo, estágio e extensão da doença. “O tratamento pode envolver a atuação conjunta de especialistas das áreas de oncologia clínica, dermatologia, cirurgia oncológica, cirurgia plástica, radioterapia e ortopedia oncológica. O recurso terapêutico pode ser desde uma ressecção cirúrgica, imunoterapia ou terapias-alvo, e com menos frequência, radioterapia e quimioterapia”, encerra o médico.