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Estado de Minas PANDEMIA

Uma substância conhecida pode ser base de cura para infecção de COVID-19

A capacidade do composto químico Salen de ligar efetivamente várias proteínas do coronavírus deixou os pesquisadores otimistas sobre possível cura para a doença


23/09/2022 09:14

Substância para tratar COVID-19
(foto: UrFU/Damir Safin)

Pesquisadores da Universidade Federal dos Urais, na Rússia, identificaram uma possível base para medicamentos e tratamentos eficazes contra a infecção de COVID-19: o composto químico Salen, que é capaz de ligar efetivamente várias proteínas do coronavírus (SARS-CoV-2).

Os especialistas testaram a atividade potencial do composto contra uma série de proteínas do SARS-CoV-2, que causam a COVID-19. "Descobrimos que o Salen pode interagir potencialmente com as proteínas estudadas, e os melhores resultados foram obtidos para a proteína não estrutural nsp14, que protege o vírus da destruição", explica Damir Safin, que assina a pesquisa.

O Salen e seus derivados são ligantes importantes em muitos campos de aplicação prática porque ele é um composto orgânico capaz de coordenar alguns metais e pode ainda estabilizá-los em diferentes estados de oxidação.

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Como parte do Salen contém dois átomos de hidrogênio "fluidos" de grupos hidroxila, cada um desses átomos de hidrogênio pode se mover para átomos de nitrogênio, formando assim diferentes formas da molécula. Esse processo é chamado de tautomerização e participam dele os tautômeros ou formas tautoméricas.

"Exploramos a potencial interação de vários tautômeros com proteínas SARS-CoV-2 para identificar a forma tautomérica mais preferida da molécula estudada em termos de eficácia na interação com proteínas", ressalta Safin.

No entanto, apesar de encontrar a capacidade do Salen de ligar proteínas, os pesquisadores ressaltam que este é apenas um primeiro passo para a cura da COVID-19. "Ainda há muito a ser explorado mas os resultados que obtivemos inspiram certo otimismo", afirma Damir.

O estudo foi realizado por cientistas do Centro de Inovação de Tecnologias Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de Ural, Universidade Estadual de Kurgan e a Universidade Estadual de Tyumen, todas da Rússia. A pesquisa foi publicada na revista científica Polycyclic Aromatic Compounds.


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