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Estado de Minas REPORTAGEM DE CAPA

Pesquisas: conexão entre oração, física quântica e vida após a morte

Físico e neurocientista compara ciência e espiritualidade a duas asas da águia ou a duas janelas em que podemos enxergar a natureza e nós mesmos


12/06/2022 08:00 - atualizado 12/06/2022 08:00

André Luiz, físico, especialista em neurociência
André Luiz diz que já existem muitos paradigmas trazendo a únião da ciência e da espiritualidade (foto: Arquivo pessoal)

É preciso muita atenção para conversar com André Luiz Oliveira Ramos, de 42 anos, graduado e mestre em física pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em neurociência pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

André fala fácil, porém é tênue a linha que separa o físico, o professor e o pesquisador de sua espiritualidade. Ele também é espírita e faz da fé raciocinada o seu norte, e demonstra não se deixar fascinar ou fanatizar.

Ao falar de ciência e espiritualidade, com o esmero que o assunto inspira e merece, André é cuidadoso e exige que o dito seja retratado com fidelidade. “Porque senão o estrago está feito”, justifica.

Janelas


Em uma entrevista gravada e feita por videoconferência, André é também atencioso e didático ao dar as respostas. Ele compara ciência e espiritualidade a duas asas de uma águia ou, ainda, a duas janelas “pelas quais pode-se ‘enxergar’ a natureza e o que somos”.



Dito isso, ele avança, afirmando que, hoje, observa “uma necessidade de conhecer a transcendência”. André destaca que “diante do caos de uma pandemia”, como a da COVID-19, as práticas da espiritualidade, mais uma vez, também aparecem para beneficiar a humanidade.

“Já existem muitos paradigmas trazendo a união das duas (ciência e espiritualidade), independentemente da religião, além de evidências científicas mostrando os benefícios da prática da espiritualidade na saúde, no bem-estar das empresas, com melhor produtividade.”

Leia mais: Rabino em BH explica as razões para acreditar em ciência e espiritualidade

Oração 

André lembra que na atualidade é possível mensurar com precisão áreas do cérebro em atividade por meio de exames de neuroimagem. Essa tecnologia foi utilizada por pesquisadores da Universidade de Stanford, centro acadêmico de prestígio nos Estados Unidos, para verificar os efeitos da oração feita a distância.

Sem que o paciente submetido a exames de neuroimagem soubesse de antemão, uma outra pessoa ligada afetivamente a ela foi colocada a distância orando.

Pesquisadores da Universidade de Stanford puderam então comprovar, por meio da ressonância magnética funcional, que o paciente apresentou áreas do cérebro em maior atividade durante o período em que a oração era feita a distância.

“Existe alguma coisa (no exame de neuroimagem pesquisado) que não se sabe o quê é, mas que comunica uma pessoa a outra a distância. Se isso é benefício ou se é onda...”, não se sabe ainda, explica André.

Psiquiatra Jim Tucker,
O psiquiatra Jim Tucker mergulhou na pesquisa com crianças e vidas passadas (foto: Wikimedia Commons/Reprodução)
Raio laser no controle das doenças crônicas


Em seu universo profissional, André trabalha com um equipamento que só foi possível seu surgimento, assim como toda a tecnologia moderna, graças aos avanços proporcionados pela física quântica. Estamos falando do raio laser.

Em sua clínica, o físico e neurocientista trabalha ensinando e aplicando, com uma equipe multidisciplinar da área de saúde, como usar o raio laser no controle das dores crônicas, regeneração da pele, cicatrização de feridas, tratamento capilar, entre outros processos curativos e estéticos.

Mas, o que a física quântica tem a ver com a espiritualidade? André começa explicando o significado da descoberta, no século passado, pelo físico alemão Max Planck.

Em uma explicação paciente, André chega à concisão para qualquer leigo entender. “A física quântica levou à compreensão do átomo, da intimidade da matéria, e a grande contribuição é compreender que a matéria em si é energia pura”.

A vida continua 

A partir dessa explicação,  o passo seguinte da reportagem foi perguntar ao físico e ao espírita: se a matéria é energia, pode-se pensar, então, que a vida continua após a morte?. 

André, mais uma vez, parte de um exemplo concreto para explicar o diáfano e o etéreo. Ele cita o renomado psiquiatra Jim Tucker, da também prestigiada Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.

O médico e pesquisador é responsável por uma pesquisa que começou no consultório e se alastrou devido à enorme demanda. A procura se deveu aos traumas psíquicos relatados por seus pacientes.

Todos eles crianças com idades entre 2 e 6 anos. Em comum, os relatos contundentes e ricos em detalhes sobre vidas passadas – onde moraram, como morreram etc.

Os menores tiveram seus casos vasculhados em cartórios, com comprovação de registro de datas de nascimento das pessoas que nomearam terem sido no passado.  

Isso foi possível investigar porque as histórias envolviam um período, em média, de 28 anos, entre o nascimento da criança e a suposta lembrança de uma vida passada.

“Uma das justificativas para esses depoimentos serem plausíveis veio (também) através da física quântica, que ainda não é uma ciência acabada e que ainda tem muitas perguntas sem respostas”, elucidou o físico brasileiro.

Conexão

André destaca que o entrelaçamento quântico, no qual duas moléculas ou duas partículas podem interagir e depois se separar, permanecendo interconectadas a distância, já é comprovado cientificamente. “E até hoje não há explicação para isso”, observa.

Ciência e espiritualidade voltarão às páginas do Estado de Minas e do em.com.br/saude em outras matérias, abordando assuntos também instigantes e que demandam estudo e assertividade, como a vida após a morte, reencarnação, universos paralelos, telepatia,  mediunidade, entre outros fenômenos, que estão, a cada dia mais, sendo investigados nos meios acadêmicos e empresas direcionadas para estudos e pesquisas dessa natureza.

Agora, ficamos com mais uma afirmativa desse físico notável pela dedicação aos estudos e pelo reconhecimento entre seus pares: “Dentro da física, há várias linhas de pensamento. Tem físicos que não concordam (até hoje) com Einstein, por exemplo. Uma coisa é a comprovação científica, outra são os fenômenos espirituais ainda não compreendidos pela ciência. E são necessários novos estudos científicos para ampliar esse conhecimento”.


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