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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Assessor de Bolsonaro: 'Sumiu um (presente) que foi com a dona Michelle'

Conteúdo foi interceptado pela PF como parte de um inquérito que apura desvios e vendas de bens dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro em viagens oficiais


11/08/2023 17:39 - atualizado 11/08/2023 17:39
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Michelle Bolsonaro
Investigação sobre a venda ilegal de joias encontrou evidências de envolvimento da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (foto: (Alan Santos/PR))
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal mostram que parte dos presentes dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que teriam sido desviados do patrimônio da União, ficaram em posse da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No inquérito, foi interceptado um áudio enviado pelo assessor do ex-chefe do Planalto, Marcelo Câmara, ao tenente-coronel Mauro Cid.


Segundo a corporação, o material prova que, possivelmente, outros presentes também foram desviados e vendidos. “Eu falei com ele sobre isso Cid. Aí ele me falou que tem esse entendimento, sim. Mas que o pessoal questiona porque ele pode dar, pode fazer o que ele quiser. Mas tem que lançar na comissão, memória, entendeu? (...)”, diz trecho.

 

Em seguida, após relatar a restrição para venda do kit, Marcelo Câmara diz: “O que já foi, já foi. Mas se esse aqui tiver ainda a gente certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle; então pra não ter problema”. 

A Polícia Federal aponta, no inquérito, que Bolsonaro recebeu os presentes na condição de chefe de Estado brasileiro. Os investigadores também identificaram pelo menos outros cinco itens que teriam sido negociados pelos funcionários do ex-presidente. Entre eles: dois relógios, duas estátuas douradas e um kit de joias com caneta, anel, abotoaduras e um rosário árabe. A corporação estima que esses objetos renderam cerca de R$ 1 milhão.


 "As mensagens revelam que, apesar das restrições, possivelmente, outros presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro podem ter sido desviados e vendidos sem respeitar as restrições legais", diz relatório da PF.

 


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